Saiu no site FORBES
Somente pouco mais da metade das mulheres estão no mercado de trabalho no Brasil. São apenas 52% das mulheres negras e 54% das brancas. A diferença é grande para os homens. Entre eles, esse índice é de cerca de 75%.
lém de menor espaço em empregos com salário, as mulheres dedicam 10 horas a mais por semana a tarefas domésticas e de cuidado não remunerado que os homens.
Os números são do Ipea (Instituto de Pesquisa Aplicada), que lançou, nesta quinta-feira (15), a nova versão da plataforma Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, com dados atualizados de 2016 a 2022.
Outro dado importante é a queda na proteção da Previdência Social. Caiu entre todos os grupos, mas entre as mulheres negras a situação é pior. Mais de um quinto delas (21%) não conseguem contribuir para a Previdência e ficam sem acesso à rede de seguridade social.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, citou dados do relatório de transparência de salários das empresas no Brasil. Segundo os dados do Ipea, negros representam 80% dos 10% mais pobres do Brasil. Já entre os 10% mais ricos, os brancos são 70%.
Para além da presença no ambiente de trabalho, ainda faltam degraus para as mulheres atingirem a igualdade de gênero em cargos de liderança nas grandes corporações.
Em 2023, apenas 38% dessas posições no Brasil foram ocupadas por mulheres, de acordo com uma pesquisa da FIA Business School, que analisou respostas de mais de 150 mil funcionários de 150 grandes empresas do país premiadas com o selo Lugares Incríveis para Trabalhar 2023.
Na diretoria e no C-Level das companhias, a proporção também é baixa, com 28%. Para Lina Nakata, professora da instituição e uma das responsáveis pelo levantamento, os resultados mostram que as empresas ainda têm desafios importantes pela frente: “As mulheres conquistaram representatividade na alta liderança, mas o movimento ainda é lento.”