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Mulheres no comando da OAB-SP

Saiu no site JOTA

 

Veja publicação original: Mulheres no comando da OAB-SP

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Atual gestão da OAB omitiu-se em relação à mulher e às minorias

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Por Patricia Vanzolini, Mariana Duarte Lacerda e Ligia Maura Costa

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Quando o Leonardo Sica nos chamou para fazer parte da chapa “Muda pra valer” e contou que tinha a ideia de fazer uma diretoria majoritariamente feminina, o convite mostrou-se irrecusável.

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Nossa chapa não promove paridade ou igualdade, incorpora a realidade. Hoje, somos mais de 540 mil advogadas e representamos 48% dos inscritos na OAB. Já em 2020, seremos maioria na advocacia brasileira.

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Contudo, mesmo havendo igualdade numérica, não há igualdade de condições. As mulheres enfrentam mais dificuldades para chegar aos cargos de comando das empresas e dos escritórios. São minoria também em congressos e eventos jurídicos, o que impede que ganhem visibilidade profissional. A maioria das advogadas não tem qualquer apoio na maternidade, dificultando o crescimento profissional. É também central priorizar o combate à violência e o assédio físico e moral, bem como dar voz às questões LGBTI.

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Pesa dizer, mas a atual gestão da OAB omitiu-se em relação à mulher e às minorias. Nos últimos três anos, a OAB-SP foi comandada por quatro homens, sendo que três deles agora concorrem à presidência e à vice-presidência nas chapas 11 e 12.

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Como lutar pelo direito das mulheres de ocuparem os cargos de comando em escritórios se isso não é feito nem no nosso próprio quintal? Se, hoje, de cinco chapas concorrentes, quatro possuem diretoria majoritariamente masculina, sendo que três delas com presidente e vice-presidente homens?

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É salutar que a representatividade das mulheres nas chapas que concorrem aos cargos para a Seccional de São Paulo da OAB venha sendo debatida nestas eleições, mas, em 2018, a discussão tem de ir além da existência de 30% de mulheres na chapa ou então da quantidade de propostas defendidas.

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É hora de agir.

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Desde o início da campanha, fizemos questão de ouvir as mulheres para saber o que pensam e o que querem da OAB-SP.

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Estivemos em inúmeras cidades do interior e do litoral paulista.

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No dia 6/11, organizamos o evento “as mulheres vão mudar a OAB”: fomos ao fórum João Mendes para lançar nosso manifesto e ouvir as mulheres advogadas e, juntas, caminhamos até a Câmara Municipal para conversarmos sobre nossas propostas. Veja aqui o vídeo do nosso encontro.

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Diariamente recebemos mensagens de advogadas nas nossas redes sociais querendo participar do nosso grupo e nos trazer suas propostas e anseios e é o que nos faz ter força para continuar.

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Para nós, da Chapa 14, igualdade de gênero é simetria no poder. E qual o maior poder do que estar lado a lado, par a par, com o homem advogado? Propor, deliberar, decidir e agir todos e todas juntos e juntas.

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Equidade no exercício de poderes de gênero, mais do que uma conquista, já é realidade na chapa 14.

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***Também assinam o texto:

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Ana Lygia Tannus Giacometti – advogada, graduada pela Faculdade de Dirteito da USP e pós-graduada em processo civil pela Fundação Getúlio Vargas. Sócia fundadora da Giacometti, Riva e Medeiros Advogados.

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Celia Zapparolli – Advogada, mediadora, coordenadora do Projeto Íntegra de Mediação em Crimes de Gênero e Família. Coordenadora do Centro de Mediação AASP. Sócia da CAMIE- Câmara de Arbitragem, Mediação Interdisciplinar e Empresarial.

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Claudia Maria Soncini Bernasconi – advogada criminalista, formada pela faculdade de Direito da USP e sócia no escritório Joyce Roysen Advogados

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Daniela Christóvão – advogada e mestre em Direito Comercial pela USP e especialista em gestão pública pela Escola de Governo. Diretora da ABRIG e membro da Comissão de Liberdade de Imprensa da OAB.

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Débora Brandão – advogada, professora titular da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo e da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Doutora e Mestre em Direito Civil pela PUC/SP. Pós-doutora em Direitos Humanos pela Universidade de Salamanca, Espanha.

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Fernanda Tartuce – Advogada, Doutora e Mestre em Direito Processual pela USP. Professora no programa de Doutorado e Mestrado da Faculdade Autônoma de Direito (FADISP). Coordenadora e professora em cursos de especialização na Escola Paulista de Direito (EPD). Presidente da Comissão de Processo Civil do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).

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Lais de Figueiredo Lopes – advogada, mestre em Direitos Humanos pela PUC-SP; Conselheira representante do Conselho Federal da OAB no Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com   Deficiência – CONADE desde 2006; Vice-Presidente da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Conselho Federal da OAB de 2008 a 2010.

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Mariana Lopes da Cruz – advogada com atuação em Direito Civil e Constitucional a, Bacharel em Direito pela Universidade Paulista, especialista em Processo Civil pela Pontifícia Universidade Católica.

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Mariângela Tomé Lopes – advogada, Mestre e Doutora em Direito Processual pela USP e Professora de cursos de graduação e pós-graduação.

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Monica Rosenberg – advogada formada pela Faculdade de Direito da USP com mestrado em marketing pelo ESSEC Paris, co-fundadora do Instituto Não Aceito Corrupção e suplente de Deputada Federal pelo partido NOVO.

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Priscila Akemi Beltrame – advogada, doutora em direito penal pela Faculdade de Direito da USP, coordenadora do Comitê da América Larina e Caribe de Defesa dos Direitos das Mulheres

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*O JOTA abre espaço para outras chapas também escreverem sobre o assunto.

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