Saiu na Marie Clarie
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Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que começam nesta sexta-feira (23), contam com a maior participação feminina da história. Conheça as profissionais da Globo que estão na frente – e por trás – das câmeras na cobertura evento
Os Jogos Olímpicos de Tóquio prometem fazer história – e por muitos motivos. O megaevento previsto para o ano de 2020 foi adiado para julho deste ano por conta da pandemia, balançando equipes e o público ao redor do mundo à espera da retomada. Estas Olimpíadas ainda marcam a maior participação feminina de todos os tempos, com 49% de mulheres competindo por seus países, segundo o Comitê Organizador.
A presença feminina também é destaque no Esporte da Globo, que conta com mulheres em postos-chave para a cobertura dos jogos. Conversamos com elas sobre este momento único e como, cada vez mais, mulheres estão inseridas no contexto esportivo.
Marcela Zaiden é a chefe da delegação, que conta com repórteres como Carol Barcellos, Bárbara Coelho, Karine Alves, Lizandra Trindade e Julia Guimarães. “É um sopro de esperança. Os Jogos Olímpicos são tradicionalmente conhecidos por muita simbologia e, nesta edição, isso ficou ainda mais forte. A mensagem é que temos que seguir em frente, com todas as adaptações que a realidade nos impõe. Os atletas seguiram em busca de seus sonhos e nós, jornalistas, seguimos para estar aqui e levar toda essa emoção para quem está em casa”, diz Marcela.
Gerente de Grandes Eventos do Esporte da Globo, Marcela lembra do “desafio gigante” que foi o planejamento do evento. “Por conta da pandemia, foi necessário redesenhar e repensar estratégias, mantendo nosso principal compromisso, que é levar para o público o melhor dos Jogos”, diz. Ela ainda conta que engravidou da terceira filha no meio do planejamento para 2020 e que, com o adiamento dos jogos, ganhou uma nova chance de fazer a cobertura.
“Brinco que os astros conspiraram para que eu estivesse aqui, vivendo esse momento histórico. Tenho três meninas, participação feminina lá em casa não falta! É inspirador estar aqui assistindo tudo isso de perto, ao lado de outras mulheres tão fortes da nossa equipe e admirando as super mulheres atletas. E é isso que pretendo deixar de ensinamento para as minhas três filhas”, continua.
Na reportagem, Carol Barcellos reflete sobre a mistura de sentimentos destas Olimpíadas e diz que vai sentir falta de sentir o público vibrando livre dos protocolos sanitários contra a covid. “Mas vamos colocar em prática o que aprendemos nessa pandemia: estarmos juntos mesmo estando distantes. É muito diferente contar uma história como essa sem a vibração em volta, sem o barulho, a emoção e a reação das pessoas. Mas esse momento é um marco. Esses Jogos e a força do esporte marcam um recomeço para todo mundo”, conta.
Carol destaca que alguns dos maiores nomes dessa edição são de mulheres como a ginasta norte-americana Simone Biles e a velocista jamaicana Shelly-Ann, o que descreve como um momento muito especial. Apesar disso, a jornalista lembra de casos como das atletas Jaqueline Lima e Morgan.
A brasileira Jaqueline Lima, de 19 anos, foi barrada pela Confederação de Badminton de jogar em torneio na Guatemala pelo “longo tempo de inatividade” durante a gravidez em 2020, tirando suas chances de ir a Tóquio. A jogadora de futebol estadunidense Alex Morgan questionou decisão do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio de permitir que lactantes, como ela, levem os filhos aos Jogos. “Isto é decidido pela mãe ou pelo COI? Nós somos ‘mães olímpicas’ dizendo a vocês: é necessário. Não fui consultada sobre a possibilidade de levar minha filha para o Japão e partiremos em sete dias”, escreveu ela no Twitter.