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Veja publicação original: Mulheres negras
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Nesse 20 de novembro destinado à consciência negra, cabe fixar atenção numa estatística preocupante divulgada na edição de ontem. O Atlas da Violência coloca Goiás como a segunda maior taxa de homicídio de mulheres negras no País, com uma proporção de 8,7% em cada 100 mil mulheres mortas em 2015. No Brasil, a taxa foi de 5,2%. Com base nesse mesmo estudo, 65,3% das mulheres assassinadas em território nacional entre 2005 e 2015 eram negras.
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A violência contra a mulher está longe de ser um problema eminentemente racial, a julgar pela sucessão de episódios noticiados, dentre os quais o feminicídio representa o ápice da cultura machista que equipara mulheres a uma posse. Vale, pois, ressaltar o trabalho do Conselho Estadual da Mulher e da Secretaria Cidadã, organizadores da campanha “21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”. Trata-se de um esforço para reconhecer que o racismo é um agravante na questão da violência doméstica e familiar. Até o dia 10 de dezembro, considerado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, serão promovidos rodas de conversa, seminários, exposições fotográficas, aulas e ações de rua. Tudo para manter o combate à violência contra a mulher no devido destaque.
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