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Decreto do rei Salman é considerado uma vitória para as cidadãs sauditas. Elas agora podem viajar e ter acesso a serviços públicos sem a necessidade de pedir permissão ao marido, filho ou pai.
Um dos países mais conservadores do mundo, a Arábia Saudita deu sinais de que as mulheres poderão ter um pouco mais de controle sobre suas próprias vidas em breve. De acordo com a imprensa local, o rei Salman assinou uma ordem permitindo a elas o acesso a serviços públicos, como educação e saúde, sem a prévia autorização de um homem. Também terão autonomia para fazer denúncias na polícia.
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O decreto do rei pode permitir que, em algumas circunstâncias, elas possam trabalhar em locais públicos e privados, bem como representar a si mesmas em juízo, acredita Maha Akeel, defensor dos direitos das mulheres e diretor da Organização para a Cooperação Islâmica.
“Agora, ao menos, abre espaço para discussão a respeito do sistema de tutela”, disse ao “Daily Mail”. “As mulheres terão mais independência para cuidar de si próprias”.
Na nação islâmica, as cidadãs vivem sob a supervisão de um tutor legal, que pode ser seu familiar ou marido. Não podem dirigir automóveis, devem cobrir o corpo inteiro, da cabeça aos pés, com um tecido preto.
A mudança faz parte de uma série de ações da Arábia Saudita para incluir as mulheres cada vez mais na vida da sociedade enquanto tenta modificar a economia e reduzir a dependência do petróleo.
As mudanças começaram em 2011 quando o então rei Abdullah permitiu que mulheres participassem do Shura Council, uma espécie de conselho governamental. Agora, elas podem votar nas eleições municipais, trabalhar no varejo e em algumas posições relacionadas a hospitalidade. Também foram autorizadas a competir nas Olimpíadas de Londres, em 2012.
Ainda assim, a Arábia Saudita permanece entre os países que mais praticam discriminação por gênero do mundo. A necessidade de autorização do pai, marido ou filho para várias atividades permanece sendo um grande problema.
“A tutela masculina é anti-islâmico e humilhante para as mulheres”, disse Akeel. “Alguns usam esse sistema para seu próprio benefício, cometendo abusos”.
PUBLICAÇÃO ORIGINAL: Mulheres não precisam mais de autorização de homens para estudar ou fazer denúncias na Arábia Saudita