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Mulheres na construção civil: desbravadoras de um mar de massa corrida

Saiu no Monitor Mercantil

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No ano de 1994, 78 mulheres se juntaram na cidade de Olinda, em Recife, para erguer as paredes de suas casas e garantir um lar para suas famílias, dando origem ao local que ficou conhecido como Vila das Mulheres Pedreiras. Cerca de uma década antes, em uma comunidade em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, minha mãe, uma mulher chamada Anita Garibaldi construía com as próprias mãos um local que garantiria um pedaço de chão para os seus filhos um dia. Tanto a minha mãe, como aquelas mulheres em Pernambuco, demonstraram ser mais do que capazes para o trabalho da construção, por meio da força de vontade e da necessidade.

Apesar da presença das mulheres na construção civil corresponder a menos de 20% do número total de profissionais no setor, só entre os anos de 2007 e 2018 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um aumento de 120% na atuação delas no setor. Mais recentemente, o Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), com dados base de 2020, mostrou que houve um crescimento de 5,5% nas vagas ocupadas por mulheres com carteira assinada na construção. Mais precisamente, um aumento de 205.033 postos em 2019, para 216.330 no ano de 2020.

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