Saiu no TERRA
Leia a Publicação Original
Quando Leila Abraham Loria descobriu que estava grávida, há 36 anos, a reação de seu chefe passou longe da comemoração. “Parecia que eu estava contando que a mãe dele tinha morrido. Ele não conseguiu me dar parabéns, só perguntou: ‘E agora?’. Ele disse que nunca esperava que eu fosse ficar grávida”, lembra ela, que na época já era superintendente na área de vendas da empresa e estava casada havia sete anos.
Hoje presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Lelila vê um cenário um pouco diferente, mas com muitos desafios. “Eu percebo que o mercado foi mudando ao longo do tempo, mas ainda tem sido difícil. Mesmo em multinacionais, que você acha que são super estruturadas, super respeitosas”, disse ela durante o painel “Liderança Feminina e ESG”, no Summit ESG.
Cristina Andriotti, CEO da Ambipar, passou por uma situação próxima disso. “Na minha primeira gravidez, há 29 anos, eu trabalhava em um banco e realmente foi uma ‘barra’. Eu demorei para conseguir um cargo gerencial e, quando voltei da licença maternidade, minha vaga estava preenchida”, recorda.