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Mulheres indígenas do RN discutem sobre os diversos tipos de violência contra a mulher

Saiu no site FUNAI

Veja a publicaçāo original: Mulheres indígenas do RN discutem sobre os diversos tipos de violência contra a mulher

 

A violência contra a mulher não se restringe à violência física ou sexual. Ela pode se apresentar de diversas formas, sendo moral, psicológica, patrimonial ou mesmo institucional. As mulheres indígenas do Estado do Rio Grande do Norte se apropriaram dessas informações e refletiram sobre os tipos de violência e como protegerem a si e a outras mulheres, durante seis oficinas sobre o tema promovidas pela Coordenação Técnica Local (CTL) da Funai em Natal, no mês de agosto.

No decorrer dos encontros, as indígenas aprenderam também sobre as formas de assistência para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, maneiras de denunciar, atendimento pela autoridade policial e medidas protetivas. As participantes traçaram um mapa da violência em suas comunidades e um dos temas de destaque foram os relatos voltados à violência institucional relacionados à forma de tratamento preconceituosa e racista.
oficina 3

Segundo elas, em alguns órgãos públicos, constantemente a identidade de mulher indígena é questionada ou não é respeitada pelos atendentes. Em hospitais, principalmente durante pré-natal e parto, há relatos de violência obstétrica, que pode ser física ou psicológica, podendo vir em forma de discriminação, com ameaças, gritos, chacotas ou desconsideração dos padrões e valores culturais das gestantes e parturientes, por exemplo.

O tema foi retratado no poema “Índia Mulher”, da participante Meyriane Costa Oliveira, moradora da aldeia Catu, em trecho que diz: “Não sou índia pra você, porque agora estou vestida, sem vergonha e meu falar é poesia// Ou será…// Porque estou escondida no olhar de quem me ignora, no desdenho do seu preconceito.”

Facilitadora indígena

Participaram dessas oficinas mais de 170 pessoas, entre mulheres, homens e estudantes em atividade extraclasse, acompanhados de professores. De acordo com o relatório encaminhado no início de setembro, a participação masculina nas oficinas trouxe questões importantes sobre o papel dos homens indígenas no combate à violência contra a mulher.

Uma das facilitadoras foi a indígena potiguara dos Mendonça do Amarelão, Tayse Michele Campos da Silva, historiadora e mestranda em antropologia. Ao celebrar o sucesso do evento, comenta: “Essas oficinas criaram oportunidades nas comunidades para debates sobre os tipos de violência contra a mulher e outros tipos de violência que as afetam direta e indiretamente, mas até então não eram discutidos por essas mulheres em suas comunidades. Para mim foi uma experiência única poder contribuir com esse momento.”

 

oficina 5

Foram as primeiras oficinas sobre violência contra a mulher indígena realizadas no Estado do Rio Grande do Norte. Os encontros ocorreram nas aldeias indígenas Tapará, nos municípios de Macaíba e São Gonçalo do Amarante; Catu, nos municípios de Canguaretama e Goianinha; Amarelão e povoado de Açucena, no território Mendonça, município de João Câmara; Tapuia-Paiacu da Lagoa do Apodi, em Apodi; e caboclos do Assu, no município de Assu.

As oficinas integram o Plano de Trabalho Anual da Coordenação Regional Nordeste II da Funai, com recursos da Coordenação Geral de Promoção da Cidadania, a partir de uma demanda por formação das mulheres indígenas sobre a temática da violência doméstica, um dos encaminhamentos da III Assembleia de Mulheres Indígenas do Rio Grande do Norte de 2018.

O objetivo é combater a violência, informar e capacitar sobre a lei Maria da Penha, fortalecer os grupos de mulheres indígenas, promover a igualdade de gênero e de direitos, valorizar a mulher indígena e sua inclusão no processo de desenvolvimento social, econômico, político e cultural. Como resultado do encontro, as indígenas sugeriram a criação e fortalecimento de grupos de mulheres nas comunidades que possam se apoiar e lutar pelos seus direitos.

 

No decorrer dos encontros, as indígenas aprenderam também sobre as formas de assistência para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, maneiras de denunciar, atendimento pela autoridade policial e medidas protetivas. As participantes traçaram um mapa da violência em suas comunidades e um dos temas de destaque foram os relatos voltados à violência institucional relacionados à forma de tratamento preconceituosa e racista.
oficina 3

Segundo elas, em alguns órgãos públicos, constantemente a identidade de mulher indígena é questionada ou não é respeitada pelos atendentes. Em hospitais, principalmente durante pré-natal e parto, há relatos de violência obstétrica, que pode ser física ou psicológica, podendo vir em forma de discriminação, com ameaças, gritos, chacotas ou desconsideração dos padrões e valores culturais das gestantes e parturientes, por exemplo.

O tema foi retratado no poema “Índia Mulher”, da participante Meyriane Costa Oliveira, moradora da aldeia Catu, em trecho que diz: “Não sou índia pra você, porque agora estou vestida, sem vergonha e meu falar é poesia// Ou será…// Porque estou escondida no olhar de quem me ignora, no desdenho do seu preconceito.”

Facilitadora indígena

Participaram dessas oficinas mais de 170 pessoas, entre mulheres, homens e estudantes em atividade extraclasse, acompanhados de professores. De acordo com o relatório encaminhado no início de setembro, a participação masculina nas oficinas trouxe questões importantes sobre o papel dos homens indígenas no combate à violência contra a mulher.

Uma das facilitadoras foi a indígena potiguara dos Mendonça do Amarelão, Tayse Michele Campos da Silva, historiadora e mestranda em antropologia. Ao celebrar o sucesso do evento, comenta: “Essas oficinas criaram oportunidades nas comunidades para debates sobre os tipos de violência contra a mulher e outros tipos de violência que as afetam direta e indiretamente, mas até então não eram discutidos por essas mulheres em suas comunidades. Para mim foi uma experiência única poder contribuir com esse momento.”

 

oficina 5

Foram as primeiras oficinas sobre violência contra a mulher indígena realizadas no Estado do Rio Grande do Norte. Os encontros ocorreram nas aldeias indígenas Tapará, nos municípios de Macaíba e São Gonçalo do Amarante; Catu, nos municípios de Canguaretama e Goianinha; Amarelão e povoado de Açucena, no território Mendonça, município de João Câmara; Tapuia-Paiacu da Lagoa do Apodi, em Apodi; e caboclos do Assu, no município de Assu.

As oficinas integram o Plano de Trabalho Anual da Coordenação Regional Nordeste II da Funai, com recursos da Coordenação Geral de Promoção da Cidadania, a partir de uma demanda por formação das mulheres indígenas sobre a temática da violência doméstica, um dos encaminhamentos da III Assembleia de Mulheres Indígenas do Rio Grande do Norte de 2018.

O objetivo é combater a violência, informar e capacitar sobre a lei Maria da Penha, fortalecer os grupos de mulheres indígenas, promover a igualdade de gênero e de direitos, valorizar a mulher indígena e sua inclusão no processo de desenvolvimento social, econômico, político e cultural. Como resultado do encontro, as indígenas sugeriram a criação e fortalecimento de grupos de mulheres nas comunidades que possam se apoiar e lutar pelos seus direitos.

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