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Mulheres em Juiz de Fora refletem sobre as dificuldades de serem mães nos dias atuais

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:    Mulheres em Juiz de Fora refletem sobre as dificuldades de serem mães nos dias atuais

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No Dia das Mães, o G1 conversou com conversou com três mulheres que contaram os paradigmas da maternidade e suas histórias.

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Por Caroline Delgado

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“Se ela quer parto normal ou cesariana, amamentar ou não, são decisões que a mãe deve tomar porque o corpo é dela”, diz Saula Maria, master coach e treinadora comportamental em Juiz de Fora.

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Dilemas e decisões. Duas palavras, que a maioria das mães enfrentaram durante o período da maternidade. Muitas das vezes, impostos pela sociedade ou pelas suas próprias famílias.

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Neste domingo (12), Dia das Mães, o G1 conversou com três mulheres: Malu Machado, de 49 anos, jornalista, fotógrafa e mãe do Rafael, de 15 anos. Isabela Fajardo, de 22 anos, estudante e estagiária, que foi mãe aos 20 anos. E a treinadora comportamental, Saula Maria, mãe de dois filhos.

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Nesta conversa, elas refletiram sobre as dificuldades de serem mães nos dias atuais e contaram a experiência da criação dos seus filhos.

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Paradigmas

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Saula Maria é master coach e treinadora comportamental — Foto: Arquivo Pessoal

Saula Maria é master coach e treinadora comportamental — Foto: Arquivo Pessoal

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De acordo com Saula Maria, a mulher é induzida em certas verdades e isso vem da família e da sociedade, como por exemplo, em coisas ligadas a maternidade, parto normal ou cesariana e amamentação.

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“São decisões que ela toma porque o corpo é dela e o filho também, juntamento com um parceiro, que as vezes não se interessa, não se preocupa. É quebrar paradigma, padrões que são impostos pela sociedade, pela família e mães”, analisa.

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Hoje em dia, cada vez mais, as mulheres estão ganhando o mercado de trabalho e estão com uma rotina maior. Conforme Maria, a mãe precisa ter uma rotina adequada e uma agenda bem definida para que ela consiga conciliar todos os papéis.

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“Na verdade a gente representa papéis: de mãe, de mulher, de profissional, amiga e filha. E isso gera para a nova vida vários compromissos, então há uma necessidade de organizar isso numa agenda e o mais importante: as prioridades”.

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Segundo a treinadora comportamental, a mãe precisa de ajuda. “Temos que parar de usar a palavra que o homem tem que ajudar. Não. Ele tem a responsabilidade dos afazeres de casa, de cuidar da criança, a responsabilidade de estar junto com a mãe, para ela ter um pouco de tranquilidade”.

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“Minhas prioridades são outras”

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“Quando eu descobri que estava grávida eu tinha 20 anos, estava fazendo faculdade e morando na casa dos meus pais” explica Isabela Fajardo. A jovem, atualmente, com 22 anos, é mãe de um menino, de dois anos, Henrique Fajardo.

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Ao G1 ela contou que foi apavorante descobrir que estava grávida. Fajardo estava no início do namoro quando descobriu a gestação. “Eu achava que ia acontecer várias coisas. Quando você sabe o resultado é muito difícil”, afirma.

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Isabela grávida de Henrique  — Foto: Isabela Fajardo/Arquivo Pessoal

Isabela grávida de Henrique — Foto: Isabela Fajardo/Arquivo Pessoal

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Após o nascimento de Henrique, a mudança ocorreu. Conforme Isabela, a responsabilidade aumentou e os dias mudaram.

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“Continuei fazendo faculdade, mas tinham dias difíceis que eu não conseguia estudar para prova, fazer um trabalho, até mesmo assistir uma aula. Quantas vezes eu faltei porque ele estava doente. É a realidade que acontece quando a gente é mãe. Minhas prioridades são outras”.

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Em relação ao preconceito de ser mãe nova, a estudante confirmou que existe, mas não da forma que ocorria antigamente. No entanto, ele revela que já ouviu perguntas das mais variadas como: “Quantos anos você tem? Você namora? Já e casada?”.

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Ensinamentos

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Malu Machado e o filho, Rafael — Foto: Malu Machado/Arquivo Pessoal

Malu Machado e o filho, Rafael — Foto: Malu Machado/Arquivo Pessoal

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Malu Machado, filha e mãe. Atualmente ela cuida da matriarca da família, de 85 anos. Segundo ela, cada vez mais, as genitoras viram filhas, processo natural de envelhecimento. Há três anos, ela leva a senhora Irondina Rosa para nutricionista, comprar roupas, fazer cabelo e unha.

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“Todos os cuidados que eu teria com uma filha, eu tenho com a minha mãe. É difícil a adaptação. A pessoa idosa depende muito mais de você”, afirmou.

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Além de cuidar da Irondina, Malu também é mãe de um adolescente, de 15 anos e está compreendendo a lidar com a nova fase. “Estou aprendendo a lidar com jovem, que cresce e começa os primeiros passos da vida, escolhas. É um novo universo para quem é mãe”.

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Durante a entrevista, ela conta que houve uma mudança muito grande durante a sua maternidade e a do filho. “Quando era meu pai ele não me pegava. Hoje em dia, é diferente. Quando meu filho nasceu era disputado para quem ver quem ia dar o primeiro banho, mas ainda tem muita coisa para avançar.”

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Para a jornalista, existe uma cobrança muito grande em cima das mulheres. “O homem pode sair para jogar o futebol. A mulher não pode fazer uma unha. Não há uma que culpe por estar fazendo isso. É um tabu, que ainda precisa melhorar”, finalizou.

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