Saiu no O GLOBO
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SÃO PAULO – A falta de diversidade em nomeações de cargos ainda desequilibra o primeiro escalão das gestões municipais brasileiras, ainda que o debate sobre esse tema tenha avançado durante a última eleição. Em diferentes cidades, candidatos sinalizaram no ano passado a intenção de buscar uma paridade de cor e gênero em seus secretariados. Uma vez empossados, no entanto, não reverteram as desigualdades.
A manutenção dessa realidade foi identificada por levantamento do GLOBO a respeito dos secretários e secretárias recém-nomeados nas administrações das dez capitais mais ricas do país. Os dados mostram que há pouca ou nenhuma diversidade entre eles quando observada a cor da pele: nenhuma dessas cidades destinou ao menos um quarto de suas pastas ao comando de pessoas negras ou pardas.
Em Curitiba e em Belo Horizonte, por exemplo, apenas um negro ou pardo foi incluído no secretariado. Na capital paraense, o único indicado é interino na pasta de Defesa Social e Trânsito. A prefeitura informa que também há uma mulher negra na Assessoria de Direitos Humanos, ligada à secretaria de governo do prefeito Rafael Greca (DEM). No horizonte, há uma promessa da equipe dele de lançar um plano para promover a igualdade.