Saiu no site Capital Teresina:
Casos graves provocaram o protesto.
Autor: Mariana Viana
Somente neste mês de junho, três casos de violência contra mulheres ganharam repercussão em todo o Estado, gerando revolta e questionamentos acerca da efetividade das leis de proteção à mulher. Dois desses casos de violência foram classificados como feminicídio, quando mulheres perderam a vida em consequência de atitudes machistas de seus companheiros.
Para discutir sobre o assunto e alertar o poder público sobre a necessidade de leis e medidas de proteção que realmente funcionem, os movimentos sociais em Teresina estão organizando atos públicos. O primeiro deles acontece hoje (22), organizado pela União Brasileira de Mulheres (UBM). O “Ato em defesa da vida das mulheres, contra a impunidade e a passividade do poder público” acontecerá a partir das 8 horas, na escadaria da igreja São Benedito, no Centro da capital.
“Será um ato simbólicona luta contra a violência que atinge milhares de mulheres no Brasil. Nós também iremos para a frente do Karnak como forma de chamar atenção do Governo do Estado”, diz Tatiane Seixas, integrante da UBM.
Ela comenta sobre a ineficiência dos dispositivos de segurança e denúncia oferecidos para as mulheres. “Existe um aplicativo através do qual é possível denunciar, no entanto, ele por si só não funciona, não adianta, porque não há um policiamento adequado para atender as chamadas. Outro problema é que nem sempre as medidas protetivas, quando o agressor tem se manter afastado da vítima, são respeitadas. Em muitos casos, elas se resumem a apenas um papel, incapaz de impedir novas ocorrências de violência”, lamenta.
No sábado, família e amigos de Iarla Lima Barbosa sairão em caminhada pelas ruas de Teresina contra a violência. A concentração será às 8h, no cruzamento da avenida Higino Cunha com a avenida Miguel Rosa, seguindo à avenida Frei Serafim. Iarla foi assassinada a tiros pelo namorado, o tenente do Exército Brasileiro, José Ricardo da Silva, na madrugada de segunda-feira (19). A motivação do crime teria sido ciúmes. Além de atirar na namorada, José Ricardo ainda feriu a irmã da vítima e uma amiga.
Foto/Francisco Gilásio
Publicação Original: Mulheres cobram ações mais efetivas contra casos de violência