Saiu na RBA
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Além de serem minoria na gestão, mulheres dirigem os estabelecimentos menores e que têm maiores dificuldades para conseguir acesso a máquinas e financiamento
São Paulo – As mulheres estão mais presente na produção agropecuária nacional. Em 2006, eram 656 mil atuando em 4,52 milhões de estabelecimentos rurais, que corresponde a 12,7% total. Onze anos mais tarde, os números subiram para 946 mil agricultoras, em 5,07 milhões (18,7%) do total de empreendimentos. Outra indicação do aumento da participação feminina é o crescimento de pouco mais de 30% no número de estabelecimentos chefiados por elas, quando o número desses empreendimentos no Brasil foi ampliado em apenas 10%.
Os dados são do estudo As Mulheres no Censo Agropecuário 2017, que será lançado na noite de hoje (22) pela Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra) em parceria com a Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil (FES Brasil). As autoras são a doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Karla Hora, a integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF) Miriam Nobre e a doutora em Sociologia Andrea Butto. A publicação traz uma análise minuciosa do Censo Agropecuário 2017 sobre a situação das mulheres rurais, que totalizavam 15 milhões no Brasil em 2015.