Saiu no G!
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Uma mulher que sofria violência doméstica pediu ajuda à Brigada Militar, como é chamada a polícia militar no RS, simulando uma encomenda de açaí por telefone. O caso aconteceu no último sábado (5). O companheiro foi preso na hora.
De acordo com o soldado da Central de Atendimento do Departamento de Comando de Controle Integrado da Capital, Danilo Garcia, o telefone tocou por volta das 7h. Veja abaixo a reprodução da ligação, que a RBS TV teve acesso.
- Atendente: Bom dia, Soldado Garcia, qual sua emergência?
- Vítima: Queria um açaí.
- Atendente: Não entendi…
- Vítima: Ah eu queria um açaí
- Atendente: A senhora ligou pro 190, para a Brigada Militar
- Vítima: Eu sei, eu sei…
- Atendente: Mas tá ocorrendo alguma coisa aí senhora?
- Vítima: Sim, eu queria um açaí
- Atendente: A senhora tá sendo agredida?
- Vítima: Sim, eu queria um açaí moço…
- Atendente: Vou informar ao batalhão da área, tá bom?
- Vítima: Tá.
“No momento disso eu já comecei a pegar o endereço dela. Após pegar o endereço dela, ela estava no telefone e tinha alguém próximo dela e deu pra ver que eles estavam em atrito e aí a gente confirmou que era um pedido de socorro e através disso já enviei para o batalhão da área e eles enviaram uma viatura no local e constataram que era um agressão”, conta o soldado.
Caso semelhante em SP
Em São Paulo, no município de Andradina, a Polícia Militar recebeu uma ligação no dia 25 de maio, semelhante à recebida pela BM. Uma mulher tentava encomendar uma pizza.
O policial entendeu que era pedido de socorro e encaminhou uma equipe. No local, os agentes encontraram o companheiro dela na frente da casa. Ao ver a viatura, ele conseguiu fugir. Buscas foram feitas pelo bairro, mas o homem não foi localizado.
Ainda de acordo com a PM, a vítima foi até a equipe e relatou que o homem já esteve preso por mais de 20 anos, e que fez ameaças de morte para ela e seus filhos.
“Em briga de marido e mulher a gente mete a colher a gente mete a polícia porque não temos que intervir para evitar que as mulheres morram em razão da nossa inércia, do nosso silêncio, então nós estamos preparados para acolher, para intervir”, destaca a delegada Jeiselaure.
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