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Mulher relata episódio de importunação sexual em voo para Brasília

Saiu no site METRÓPOLES

 

Veja publicação original:   Mulher relata episódio de importunação sexual em voo para Brasília

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Moradora da capital federal, Salia Miranda cochilou no avião e acordou após um homem de 57 anos tocar o corpo dela

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Por Fernando Caixeta

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Uma moradora do Distrito Federal foi vítima de importunação sexual em um voo de Congonhas (SP) para Brasília. O episódio ocorreu dentro de uma aeronave da Gol no dia 3 de fevereiro, mas foi apenas na madrugada desta quarta-feira (6) que a passageira teve coragem de tornar o caso público e incentivar outras mulheres a denunciarem.

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Segundo o relato publicado por Salia Miranda em sua página no Facebook, ela estava sentada em uma poltrona do lado da janela e cochilou, quando sentiu algo incomodando na cintura. “Acabei levando um susto e, como me mexi rápido, pensei que poderia ter sido o cinto da poltrona. Quando olhei para trás, um cara se mexeu. Nem passou pela minha cabeça que poderia ter sido ele me tocando”, descreve.

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Salia voltou a cochilar e, momentos depois, sentiu um novo toque, desta vez no seio. “A minha primeira reação foi pensar: não acredito que isso está acontecendo comigo. Só afastei meu seio e foi quando vi a mão do psicopata tocando em mim. Fiquei alguns segundos sem reação, não consegui gritar, nem chamar ninguém, só me levantei e fui em direção ao banheiro, quando tive coragem de pedir ajuda ao tripulante, que me levou para o fundo da aeronave. Relatei o caso e em seguida já comecei a tremer, chorar e ter sentimento de culpa”, lembra.

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O tripulante perguntou aos outros passageiros se eles testemunharam a situação, mas a maioria estava dormindo e não presenciou o abuso.

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“Sempre achei que eu teria alguma reação de xingar, bater ou até mesmo gritar. Só depois que a ficha caiu, as lágrimas também caíram”, contou.

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O avião pousou no Aeroporto JK às 18h48. “Em solo já tinha uma equipe da companhia me aguardando para me acompanhar até a Polícia Federal”. A vítima prestou depoimento na PF e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. Não foi informado se o suspeito chegou a ser levado para elucidar o fato.

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Por meio de nota, a Gol informou que “repudia qualquer manifestação que cause constrangimento a seus clientes, como o de assédio relatado por uma passageira durante o último domingo”.

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A companhia ressaltou que a tripulação prestou assistência à Salia Miranda, ofereceu suporte durante o voo e, logo após o desembarque, encaminhou a passageira até a Polícia Federal. A Gol garantiu acompanhar o caso e afirmou estar à disposição das autoridades para esclarecer o ocorrido.

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Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

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O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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