Saiu no Site GELEDÉS.
Veja a Publicação original.
Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades dos Estados Unidos para a Marcha das Mulheres, em protesto contra o presidente Donald Trump e sua indicada a uma vaga na Suprema Corte americana, a conservadora Amy Coney Barrett.
Organizadores afirmam que mais de 100 mil pessoas participaram de mais de 400 manifestações realizadas neste sábado (17/10) em todo o país, de Nova York a Los Angeles.
Os protestos – inspirados na primeira Marcha das Mulheres ocorrida em Washington no dia seguinte à posse de Trump em 2017 – também homenagearam a ex-juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg, que morreu em 18 de setembro, aos 87 anos.
A diretora-executiva da marcha, Rachel O’Leary Carmona, abriu o dia de manifestações pedindo aos participantes que mantivessem distâncias seguras entre si devido à pandemia de coronavírus, afirmando que o único evento “superpropagador” de covid-19 deveria ser um recente promovido pela Casa Branca. Aos manifestantes foi recomendado o uso de máscaras.
Carmona falou ainda sobre o poder das mulheres para tirar Trump do poder. “A presidência dele começou com mulheres marchando e agora vai acabar com mulheres votando. Ponto final.”
Cartazes erguidos por manifestantes durante as marchas ecoavam o discurso pró-voto, trazendo mensagens como “Vote para o futuro de sua filha” e “Lute como uma garota”.
“É muito importante estar aqui e tentar encorajar pessoas a votarem contra Trump e suas políticas misóginas, especialmente agora, com a covid-19, quando muitas pessoas estão isoladas”, disse à agência de notícias AFP a manifestante Yvonne Shackleton, em Nova York.
A cidade foi palco de cinco marchas separadas, incluindo uma pequena no Brooklyn, bairro onde Ruth Bader Ginsburg cresceu.
Em Washington, os manifestantes marcharam da Casa Branca até o Capitólio, sede do Congresso americano, e a Suprema Corte. Um pequeno contraprotesto ocorreu a favor de Barrett.
O apoio das mulheres a Trump caiu consideravelmente. O presidente está 23 pontos percentuais atrás de seu adversário democrata, Joe Biden, entre as prováveis eleitoras do sexo feminino, segundo uma pesquisa de opinião realizada pelo Washington Post/ABC News.