Saiu no EL PAÍS.
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O Senado mexicano aprovou na quinta-feira, por unanimidade, a chamada Lei Olimpia, que pune com até seis anos de prisão o assédio e a divulgação de fotos e vídeos íntimos pela Internet e pelas redes sociais sem o consentimento dos envolvidos. A notícia foi recebida com alegria pelos grupos feministas mexicanos concentrados em frente ao Senado e por todas as ativistas que lutam há anos contra a vingança pornô em diferentes Estados do país. Entre elas, a ativista da Frente pela Sororidade Olimpia Coral, que dá nome à nova lei ―aprovada com o voto dos 87 senadores presentes. “A luta das mulheres continuará até que a dignidade se torne habitual”, afirmou Coral, que acompanhou a sessão na Câmara Alta.
A própria Coral foi vítima do crime, que agora poderá ser punido em todo o país. Quando tinha 18 anos, ela sofreu violência digital ao ser divulgado, em redes sociais, um vídeo que a mostrava fazendo sexo com seu namorado. “Sete anos atrás, eu não era Olimpia, a ativista, e sim Olimpia, a puta, a vadia”, disse Coral em uma entrevista ao EL PAÍS no ano passado. “O fato de existir agora um Congresso repleto de lilás, de feminismo, faz com que cada minuto tenha valido a pena”, acrescentou na ocasião.