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#MeuProfessorRacista: Os relatos chocantes de racismo, preconceito e injúria racial em escolas e universidades

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Uma campanha da Ocupação Preta – coletivo de alunos e alunas negras da USP – deu luz, nas redes sociais, às situações vexatórias e humilhantes a que todo estudante negro sofre em ao menos algum momento da vida escolar ou universitária. Relatos vão desde apelidos, passando por exclusão a discursos meritocráticos e elitistas. Confira

Começou a viralizar nas redes sociais, na noite desta segunda-feira (3), a hashtag #MeuProfessorRacista, em que negros e negras relatam situações de racismo, preconceito e injúria racial que sofreram em ao menos algum momento de suas vidas na escola ou na universidade.

A campanha surgiu a partir de uma iniciativa da Ocupação Preta – coletivo de alunos e alunas negras da Universidade de São Paulo (USP) -, que divulgou o caso de uma professora que tratou com chacota uma discussão sobre a questão racial na obra de Monteiro Lobato e o racismo em marchinhas de carnaval.

“Sabendo que se perpetua nas universidades uma diretriz e um embasamento teórico pertencente à branquitude, levantamos a necessidade de que a professora conheça, discuta ou ao menos escute o que os alunos têm a dizer, abandonando seu posto de superioridade”, escreveu o coletivo, contando ainda que, após a discussão, foram expulsos da sala de aula.

Foi lançada, então, a hashtag #MeuProfessorRacista e milhares de depoimentos, muitos deles, chocantes, começaram a surgir e explicitar o quão grave é o problema do racismo no ambiente escolar e universitário. Os relatos vão desde apelidos, como “sabonete de mecânico”, macaco, macaca, entre outros, passando por exclusão de grupos de trabalhos, situações vexatórias como mandar colher comida do chão para “aprender a não desperdiçar”, até discursos meritocráticos e anti-cotas, como se os negros beneficiados por programas de cotas não merecessem ocupar aquela vaga.

Confira abaixo alguns dos depoimentos.

O1

O2

O3

 

 

(professora) Adorava gritar e dizer para nós, alunos ainda no ensino fundamental, como seríamos bons traficantes.

disse na aula que preto tinha que fazer faculdade para, ao menos, ter cela especial quando fosse preso.

disse que eu não passaria de nada além de uma negra tipo ”exportação”

me viu de coque com as tranças e disse “quem te enganou que ta bonito? Tira isso que ta feio” belíssimo sociólogo ele

 

 

 

PUBLICAÇÃO ORIGINAL: #MeuProfessorRacista: Os relatos chocantes de racismo, preconceito e injúria racial em escolas e universidades

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