Saiu no site ONU BRASIL
Veja publicação original: Mensageira da paz da ONU lembra poder transformador das mulheres em comunidades rurais
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A violinista japonesa e mensageira da Paz das Nações Unidas Midori Goto lembrou nesta quinta-feira (14) o papa Francisco e outros líderes mundiais reunidos em Roma o poder transformador de mulheres e meninas em comunidades remotas desfavorecidas, em mensagem aos participantes do encontro anual do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
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A violinista japonesa e mensageira da Paz das Nações Unidas Midori Goto lembrou nesta quinta-feira (14) o papa Francisco e outros líderes mundiais reunidos em Roma o poder transformador de mulheres e meninas em comunidades remotas desfavorecidas, em mensagem aos participantes do encontro anual do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
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Midori é artista, ativista e educadora. Desde sua estreia em 1982 na Filarmônica de Nova Iorque, ela tem se apresentado com as maiores orquestras do mundo e dividido palcos com maestros lendários, incluindo o alemão Christoph Eschenbach e o letão Mariss Jansons.
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Ao longo de mais de 25 anos, ela fundou e comandou várias organizações sem fins lucrativos para fornecer educação e experiências musicais a jovens em comunidades pobres do mundo todo. Nascida em Osaka, em 1971, Midori mora atualmente na Filadélfia, onde é membro do Curtis Intitute of Music.
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Relembrando sua recente visita a vilarejos rurais na província de Tuyen Quang, no Vietnã, onde um projeto apoiado pelo FIDA busca melhorar acesso de mulheres a treinamentos e finanças, Midori disse: “o que vi foi o poder da equidade, da responsabilidade e da esperança. E a diferença que pessoas podem fazer quando se sentem no controle”.
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Midori destacou que, tendo acesso a finanças rurais, as mulheres com quem se encontrou disseram sentir um forte senso de responsabilidade de participar da construção das economias locais, assim como de mudanças positivas em suas comunidades.
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Globalmente, mulheres e meninas de áreas rurais são frequentemente mais afetadas do que meninos e homens por pobreza, fome, desnutrição, insegurança alimentar e crises econômicas globais.
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Elas têm menos oportunidades no mercado de trabalho que homens e, frequentemente, direitos fracos ou inexistentes a terras. Mas, de acordo com um relatório do Banco Mundial, estima-se que a produção alimentar das mulheres poderia aumentar de 20% a 30% se elas tivessem acesso aos mesmos recursos que os homens.
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Na província de Tuyen Quang, o FIDA apoiou a participação de mulheres em grupos agrícolas e aumentou o acesso delas a serviços financeiros, mercados e investimentos privados do agronegócio. Como resultado, o número de domicílios rurais afetados por escassez de alimentos foi reduzido em 25%.
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“Ao conversar com as mulheres, aprendi que desenvolvimento não é só sobre ganhos financeiros: é sobre ver um futuro. As mulheres que conheci não estavam só pensando no hoje, elas estavam usando seu dinheiro para educar seus filhos e investir no amanhã”, disse Midori à plateia do evento.
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“Esta é uma maneira muito poderosa de responder à desigualdade. Quando conversei com meninas nos vilarejos, elas me disseram que suas mães e tias eram suas inspirações, suas modelos”, acrescentou.
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Especialistas do FIDA concluíram que, quando a desigualdade de gênero é respondida e as barreiras sobre mulheres e meninas são removidas, é possível desbloquear o potencial para que todas as pessoas – homens, mulheres, meninos e meninas – sejam igualmente valorizadas e levem vidas produtivas.
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