Saiu no site REVISTA SOBRENA
Paris, que acolhe os Jogos Olímpicos de 2024, é o berço da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Entretanto, em relação à participação das mulheres em jogos olímpicos, nem sempre o tema da Revolução Francesa foi devidamente aplicado.
Antigamente, especificamente na cidade de Olímpia na Grécia, os jogos olímpicos eram eventos dedicados aos deuses gregos, especialmente a Zeus.
O jogos eram vistos como uma celebração da masculinidade e da virilidade, além de uma demonstração de força e bravura.
Pierre de Coubertin um francês, por ironia do destino, decidiu reviver os jogos para fortalecer fisicamente os jovens e se opôs fortemente à participação das mulheres nos primeiros jogos em 1896, por circunstâncias da vida, também em Paris. Segundo Coubertin, “a presença de mulheres em um estádio era desagradável, desinteressante e imprópria”.
Como que por um desígnio da vida, novamente em Paris, em 1900, 22 mulheres, de um total de 997 atletas, conseguiram pela primeira vez participar da competição. No entanto, a presença delas era quase simbólica e se limitava a disciplinas “de natureza feminina”, de acordo com os organizadores, como golfe e tênis.
Apesar dos esforços contrários, as mulheres seguiram no desafio da participação como atletas em diversas modalidades, até conquistarem o direito de competir em maratona em 1984 em Los Angeles.
E novamente em Paris, agora em 2024, o real sentido da expressão revolucionária francesa se consagra na prática. O Comitê Olímpico Internacional anuncia a mesma quantidade de vagas para mulheres e homens pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos.
A verdadeira igualdade de gênero parece que ocorre pela primeira vez na história das olimpíadas, e não por acaso, em berço parisiense, onde houve a emblemática oposição à mulher como atleta.
Ver mulheres brilharem nas Olimpíadas é uma prova de que, com apoio e oportunidades, elas podem alcançar qualquer meta, transformando sonhos em realidade e abrindo caminho para futuras campeãs.
Cada participação ou medalha conquistada por uma mulher nas Olimpíadas, representa uma vitória não apenas no esporte, mas também na luta pela igualdade real, sem bandeiras, e pelo reconhecimento do talento feminino.
Que todos os talentos prevaleçam e sejam reconhecidos no esporte, independente de gênero.
Que o apoio ao esporte se fortaleça em cada atleta, em sua essência, sem restrições ou conflitos de ideologias.
Que mulheres possam ser o que escolherem, inclusive atletas campeãs olímpicas.
Essa é nossa principal torcida.
Dra. Gisele Vissoci Marquini
Ginecologia/ Uroginecologia/ Cirurgia vaginal.
CRM 34170 RQE 19701
Fonte: Disponível em https://www.iberdrola.com/compromisso-social/esporte-feminino/mulheres-nos-jogos-olimpicos e https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/2024/03/08/paris. Acessados em 28/07/2024.