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Mariana Lima falou com a COSMO sobre carreira, ativismo e assédio

Saiu no site REVISTA COSMOPOLITAN:

 

Veja publicação original:  Mariana Lima falou com a COSMO sobre carreira, ativismo e assédio

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Por Rafaela Polo

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A atriz de 45 anos não se omite em opiniões políticas, mas também questiona o “textão” nas redes sociais

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Em cartaz no Rio de Janeiro com o monólogo Cérebro/Coração, escrito em parceria com Enrique Diaz, seu marido, e Renato Linhares, diretor da peça (que fala sobre memória e afeto), Mariana Lima falou com a COSMO sobre carreira, ativismo e assédio. Confira:

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Você está em cartaz no teatro e faz parte do elenco do filme Antes Que Eu Me Esqueça. O que curte mais fazer: cinema, teatro ou TV?

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Não tenho preferência, pelo contrário, acho enriquecedor e desafiante ter a chance de trabalhar nos três formatos. Fiquei um período focada no teatro, comecei a fazer cinema e aos 20 anos estava na TV. Cada um traz um desafio, uma linguagem, um recurso… Estou realizando meus sonhos pouco a pouco. A peça, por exemplo, é uma realização muito grande, pois é um monólogo que estou escrevendo há algum tempo. Me dedico a isso diariamente.

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Existe uma personagem que você amou mais fazer?

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Comecei aos 17 anos e hoje estou com 45. Ou seja, tenho 28 anos de carreira. Não gosto muito de raciocinar assim. Muitas personagens me levaram para lugares diferentes e significaram desafios distintos. Não penso na de que gostei mais, pois há as mais desafiadoras e aquelas que foram mais gostosas e engraçadas, as tranquilas e umas que doeram. Mas todas fazem parte da minha história.

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Quais são os maiores desafios da Vida de uma atriz?

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É muito difícil. À medida que você escolhe uma profissão, seja atuar, ser médico, advogado, seja qualquer outra coisa, começa a viver as dores e as delícias desse mundo. Não é fácil, é um mercado competitivo, cheio de demandas… Daí você se torna uma adulta, tem filhos, passa a pagar as contas. Precisa equilibrar a vida familiar com a profissional. É um sufoco, mas uma glorificação.

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Com tanta história de assédio Vindo à tona, queria saber: na sua profissão, Você já sofreu algum tipo por ser mulher?

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Olha, acho que sofremos preconceito à medida que sabemos que os salários não são iguais, mas não tenho histórias profissionais de assédio, só na rua. Mesmo sem esse histórico, reconheço que é uma luta absolutamente fundamental. Meu caso é individual, mas muitas sofrem diariamente no ambiente de trabalho, na rua e na sociedade.

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Você acha que falta sororidade?

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Acho que esse é um papinho que não cola. Existe, sim, sororidade. Essa é uma conversa pronta. Acredito que as mulheres estão cada vez mais juntas e mais fortes. Não vivo em um mundo onde mulheres se criticam. Não sei onde isso acontece. Pelo contrário, vejo figuras fortes se amando. O que você quer dizer com sororidade? É parceria? É estar junto uma da outra? Não acho que isso falta para as mulheres. Inclusive, existe muito mais união no universo feminino do que no masculino.

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Como uma pessoa pública, acha que é importante defender suas ideias?

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Acho, mas não é essa minha intenção. Se isso acontecer, muito bom, mas não tenho a pretensão de levar a iluminação do meu pensamento de esquerda para as massas. Não sou uma pessoa que fala de política por isso. Faço política, me posiciono e falo o que penso e sou honesta e ética com minhas escolhas. Não dá para postar flor e vestido sendo que o que me afeta são questões bem sérias. Coloco isso com a clareza de ser quem sou. Mas também me protejo, porque não gosto de brigar na internet. Me sinto mal. As pessoas estão perdendo muito tempo com isso hoje. Horas preciosas que deveriam estar indo para os debates ao vivo, para a leitura, para os estudos, para o trabalho. Fico impressionada como as essoas gastam tempo dando opinião no Facebook.

 

 

 

 

 

 

 

 

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