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Marcha Mundial das Mulheres faz ato contra precarização do trabalho na Riachuelo

Saiu no site REVISTA MARIE CLAIRE:

 

Veja publicação original: Marcha Mundial das Mulheres faz ato contra precarização do trabalho na Riachuelo

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Militantes condenaram exploração do trabalho da mulher em manifestação feita em frente à uma das lojas da rede

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anifestantes da Marcha Mundial das Mulheres realizaram nesta terça-feira (24) um ato contra a exploração laboral da indústria têxtil, em frente a uma das lojas da Riachuelo na Avenida Paulista, em São Paulo. As manifestantes entraram nas lojas e colocaram cartazes nas manequins das vitrines com frases como “trabalho terceirizado, vidas precárias”e “a indústria da moda explora as mulheres”. O ato, que faz parte de uma ação global da Marcha, também teve panfletagem para conscientização da população sobre as condições de trabalho nas confecções e indústria têxtil.

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A escolha pela Riachuelo não foi em vão. A empresa é a confecção que acumula o maior número de processos trabalhistas no Brasil – com mais de 2 mil ações e investigação corrente sobre trabalho análogo à escravidão. A marca também é o centro de uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho, que inspeciona as fábricas da empresa no Rio Grande do Norte. O MP exige-se uma indenização de R$37,7 milhões a Guararapes Confecções, controladora da Riachuelo, por infrações trabalhistas identificadas em oficinas tercerizadas. Flávio Rocha, dono da Riachuelo, recentemente anunciou pré-candidatura à presidência da República pelo PRB e um dos principais apoiadores da reforma trabalhista.

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A data escolhida para a ação também é simbólica. Todo ano, no dia 24 de abril, a Marcha relembra o desmoronamento do prédio Rana Plaza, em Bangladesh, que matou mais de mil trabalhadores de confecções têxteis e se tornou símbolo da exploração do setor. ” Denunciamos que as reformas defendidas pelos deputados, senadores e pelo presidente golpista Michel Temer foram apoiadas por diversos empresários brasileiros que querem lucrar e precarizar, cada vez mais, o trabalho e a vida das mulheres. Dentre estes empresários está Flávio Rocha, dono da Riachuelo, que defende mais “liberdade” para os empresários atuarem na economia e mais “conservadorismo” na sociedade. Flávio Rocha é inimigo das mulheres brasileiras!”, dizia comunicado na página do Facebook da Marcha.

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Em resposta ao ato, a empresa divulgou comunicado repudiando a invasão de sua loja. “A Riachuelo é uma empresa com mais de 70 anos de história e que emprega mais de 40 mil pessoas em todo o Brasil – sendo esse o ativo mais valioso da companhia. Repudiamos veementemente todo e qualquer tipo de exploração ou precarização de trabalho e garantimos todos os direitos de nossos colaboradores,  cumprindo sempre a legislação em vigor. Isso é demonstrado pelo fato de a Riachuelo ter sido premiada diversas vezes, por importantes veículos de comunicação, como Valor Carreira, revista Época e No Varejo, por seu modelo de gestão de pessoas. Além disso, a Riachuelo  atingiu índice de engajamento dos colaboradores de 86%, de acordo com pesquisa encomendada pela Riachuelo e realizada pela AON em 2017. A Riachuelo reitera ainda que repudia o ato de invasão da vitrine de sua loja da Avenida Paulista, em São Paulo, ocorrida hoje (24.04).”.

 

 

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