Saiu no site GE GLOBO
Espaço integrado ao Juizado Especial Criminal é criado por crescimento de casos que vão de importunação sexual a agressões em jogos e eventos culturais
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro inaugurou na noite dessa quinta-feira, pouco antes do duelo entre Fluminense e Internacional no Maracanã, a Sala de Acolhimento para Mulheres Vítimas de Violência. Junto ao do Posto Avançado do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do estádio, o local será dedicado a receber denúncias e realizar procedimentos necessários para coibir qualquer tipo de importunação sexual ou de violência contra as mulheres.
Com mulheres do TJ, presidente do tribunal Ricardo Rodrigues Cardozo e o desembargador Agostinho Teixeira de Almeida Filho, coordenador do projeto de atenção às mulheres — Foto: Camilla Alcântara – AMAERJ
Com mulheres do TJ, presidente do tribunal Ricardo Rodrigues Cardozo e o desembargador Agostinho Teixeira de Almeida Filho, coordenador do projeto de atenção às mulheres — Foto: Camilla Alcântara – AMAERJ
– É um espaço criado para a mulher evitar o constrangimento (na denúncia). Muitas vezes ela tem que prestar um depoimento na presença do agressor. A experiência dos eventos, tanto os esportivos como os shows e outros, demonstram que há volume suficiente pra justificar a instalação – comentou o desembargador Agostinho Teixeira de Almeida Filho, da Comissão Judiciária de Articulação dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais em Eventos Esportivos.
De acordo com o desembargador, o estádio Nilton Santos também vai receber o espaço para atendimento de mulheres. O atendimento é direcionado para receber mulheres, com pessoal treinado para receber a vítima.
– Não é um momento que posso classificar como feliz. Gostaria que não fosse necessário inaugurar salas como essa. Que não houvesse violência. Por isso, entendo que esse é um momento que temos para refletir sobre isso. Será que teremos, sempre, que ter uma sala que ampare as mulheres e as pessoas que sofrem violência? – disse o presidente do tribunal Ricardo Rodrigues Cardozo no discurso de inauguração do espaço.
O Maracanã já havia experimentado no ano passado colocar equipe de apoio formada por mulheres devidamente identificadas para fazer o atendimento em casos de violência no estádio.