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Veja publicação original: Mais de 300 pessoas em Lisboa para debater papel do homem numa sociedade igualitária
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A construção de uma sociedade igualitária precisa do contributo dos homens e esse é o mote para o seminário “O homem promotor da igualdade”, que junta a partir de hoje mais de 300 pessoas em Lisboa.
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Em declarações à agência Lusa, o presidente da associação “Quebrar o Silêncio”, promotora do seminário, defendeu que a caminhada para uma sociedade igualitária não se pode fazer com uma só parte e que os homens têm de ser incluídos nesse processo.
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“Temos de trazer os homens e os rapazes para estas narrativas, do que é a igualdade de género, o que é a igualdade de oportunidades e de direitos e perceber que não só falamos de direitos humanos, como também essa igualdade beneficia os próprios homens e rapazes”, defendeu Ângelo Fernandes.
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O debate “O homem promotor da igualdade — homens e mulheres lado a lado pela igualdade de género” decorre entre hoje e sábado, sendo esta a segunda edição de um seminário que, à semelhança do que aconteceu no ano passado, quer manter o tema chave, mas agora com um foco especial na interseccionalidade.
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Sobre este tema em concreto, o responsável explicou que haverá um debate sobre “lesbianidade negra, interseccionalidade e o pensamento decolonial”, bem como sobre a “igualdade de género na comunidade cigana” ou a “visão interseccional no movimento transfeminista”.
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“Mantemos sempre a visão de como é que o homem pode contribuir para uma visão positiva para estas causas”, sublinhou Ângelo Fernandes.
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De acordo com o organizador, este ano, além dos vários temas a debate, o último dia será dedicado à realização de ‘workshops’, para chegar a um público mais diversificado.
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Para o responsável, a interseccionalidade “parece [uma] questão cada vez mais incontornável”, apontando o caso de mulheres que “passam por diferentes formas de discriminação ou de violência com base em diferentes características que têm”.
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Especificamente em relação ao homem como promotor da igualdade, explicou que tem a ver com o facto de não fazer sentido que o homem não faça parte das conquistas de uma sociedade igualitária.
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O tema da violência sexual continua presente e, garantiu o responsável, “estará sempre no programa”, já que tem “um caráter endémico, está em todo o lado”, e afeta também homens, além de mulheres e raparigas.
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O seminário traz também para debate “as várias dimensões de ser homem”, além de um painel sobre “sobreviventes de violência sexual na intimidade”.
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O último dia traz uma série de ‘workshops’, para pais e mães aprenderem a educar para a sexualidade, sobre os estereótipos de género nos contos tradicionais ou sobre a inteligência emocional ou a linguagem inclusiva.
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