Saiu no site UNIVERSA:
Veja publicação original: Mãe de atriz pornô revela como aceitou profissão da filha: “é o sonho dela”
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Por Marcos Candido
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Três longos meses sem trocar uma palavra. Foi esse o tempo que Amélia Schwarz, 46, mãe da cam girl, atriz pornográfica e youtuber Dread Hot, 25, demorou para resolver o conflito que virou sua cabeça ao descobrir o trabalho fora do usual da filha.
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Dread Hot se lançou na nova carreira assim que abandonou o trabalho como publicitária, há cerca de um ano meio. Mas foi só no começo deste ano, após muitas produções pornôs e milhares de fãs a seguindo, que ela sentou com mãe para conversar sobre a profissão.
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Não se pode dizer que foi fácil. A professora Amélia, porém, buscou uma compreensão nem sempre comum nas famílias destas estrelas do mundo do sexo. As duas chegaram a gravar um vídeo juntas para falar da relação mãe e filha no YouTube. À Universa, ela conta como foi encarar este processo.
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Descoberta foi um choque
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“Aconteceu, talvez, há uns cinco meses. Ela me chamou para conversar porque ela nunca mente para mim. Por ser muito sincera, disse que isso a estava incomodando. Quando me contou, pensei que fosse outra coisa, mais leve. Acabei caindo em um vídeo muito… Muito aberto, sabe? Dela com o namorado. Eu não esperava isso. Estava esperando somente fotos sensuais. Por ter caído em um vídeo logo de cara, para mim foi um choque.”
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Não era nada do que eu esperava
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“Nenhuma mãe espera por isso. Quando perguntam a uma mãe o que deseja para a filha, nunca se pensa que possa ser atriz ou modelo pornô. Foi quando a chamei para dizer que gostaria dar uma pausa na nossa convivência. Eu não estava a fim, mesmo, dessa situação. A gente ficou três meses sem se falar, mas eu já não estava aguentando mais. Tomei antidepressivos… Como tenho muita fé, também rezei e pedi iluminação, discernimento. Nesse meio tempo, fui pesquisando cada vez mais sobre o tema até ver que não era nada do que eu estava achando: minha filha não era nem puta, nem garota de programa. Nada disso. Nós nos reencontramos”
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O preconceito com a sexualidade da mulher no ramo pornô
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“Existem muitos conceitos precipitados, pré-conceitos, apesar de ninguém nunca ter feito ou eu ter ouvido qualquer comentário próximo sobre minha filha. Mesmo eu: acho que se fosse mãe de um homem que faz isso, seria mais fácil. Na minha cabeça, penso coisas como: quem é que vai namorar uma garota que faz tudo que faz para todo mundo ver? E quando tiver um filho? Sua vida vai ficar para sempre na internet. Foi aí que aprendi mais um pouco com ela.”
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Queria que seguisse a carreira de formação, mas se ela está feliz, também estou
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“Sou aquela que mostra a verdade, que fala. Não sou só uma mãe que fala que está tudo bem, não. Também tenho a minha parte de dizer: ‘Dread, não tá certo!’. Eu entendo, acolho, mas não é o que eu quero. Acho que relação mãe e filho é isso: a filha ter certeza de que a mãe é o porto seguro dela. Ela pode viajar, pode sair com o namorado e os amigos, mas está sempre ligada de que estou ali. Gostaria que ela trabalhasse com a área que se formou, em publicidade. Mas esse é o meu sonho; não o dela. Se ela está feliz, eu estou feliz.”
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Sem essa ‘Onde foi que eu errei?’
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“Toda essa descoberta me ensinou a admirá-la mais, né? Acho que para fazer o que ela faz é preciso ter muita coragem e ser independente. No fundo, o que eu estava pensando no ‘onde foi que eu errei’? No final, eu não errei nada, porque ela é bem resolvida. Hoje eu admiro muito as atitudes que ela tem de encarar a profissão, a família, os amigos.”
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