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O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a escolha do nome de Raquel Dodge como sua substituta foi legítima e representa um avanço institucional enorme apesar de seu favorito ser Nicolau Dino, o mais votado. “Participei de dois processos e integrei a lista em primeiro lugar. Nas minhas campanhas, eu disse que o primeiro nome da lista não é obrigatório. O importante é consolidar a lista. Isso ele (Temer) fez. É um avanço constitucional enorme. A lista é triplice. A escolha para mim foi legítima”, disse ele.
Durante palestra no 12º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo, neste sábado (1º), Janot afirmou que vai manter o mesmo ritmo de trabalho até o dia 17 de setembro, quando então passará o bastão para Raquel Dodge, segunda mais votada na lista tríplice da Procuradoria. “Enquanto houver bambu, lá vai flecha. Até 17 de setembro a caneta está na minha mão. Dia 18 não está mais. Ainda bem. Vou continuar nesse ritmo que estou”.
Questionado sobre a rivalidade com a sua sucessora, ele afirmou que não a persegue e que suas divergências com ela são apenas de entendimento. “Dizem que a persigo, que sou inimigo. Não tenho nada contra a doutora Raquel. Temos diferença de entendimento. Tenho que ter flexibilidade para fazer acordo de delação. Caso contrário, não tem acordo”, observou.
O nome mais votado da lista da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) foi o do subprocurador-geral Nicolau Dino, com 621 votos. Raquel recebeu 587 votos.
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