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Veja publicação original: Internautas acusam lanchonete de BH de machismo e transfobia por causa de anúncio
A promoção foi publicada em 12 de julho. Na imagem, postada no Facebook, aparece uma jovem fazendo o sinal positivo com as mãos. No plano de fundo, três milkshakes de sabores diferentes. “Vem aí o 1º Rodízio de Milk Shake do Xodó! Nos dias 22 e 23 de julho nossos deliciosos sabores serão servidos à vontade por apenas R$ 17,99 (mulher), R$ 21,99 (homem) e R$ 36,00 (casal). Acrescente fritas ao seu rodízio por apenas R$ 4,20 (batata pequena) e R$ 7,90 (batata grande)”, escreveu a lanchonete.
Além da diferenciação de preços entre homens e mulheres, outro detalhe chamou a atenção dos internautas e provocou revolta. Na parte de baixo do anúncio, em letras pequenas, tem observações de como será conferido o gênero dos clientes. “Definição do gênero conforme documento civil”, explicou a rede de fast food.
No início da noite, o Xodó enviou nota pedindo desculpas pela propaganda e unificando a cobrança pelo rodízio. Confira a nota na íntegra:
‘O Xodó retifica as regras de consumo do 1º Rodízio de Milk Shake, previsto para acontecer nos dias 22 e 23 de julho. Com 50 anos de história em Belo Horizonte, o Xodó acredita que aprende e evoluí todos os dias com a cidade e com a sociedade. Desta maneira, pede desculpas a todas as pessoas e, principalmente, às que se sentiram ofendidas ou excluídas pelas regras do evento. Informa ainda que vai ofertar o rodízio pelo VALOR ÚNICO de R$17,99 a todas as pessoas (lembrando que crianças de até cinco anos não pagam). O Xodó reforça que todos são bem vindos à sua unidade e agradece a confiança dos seus consumidores – que ajudaram e ajudam a escrever todos os dias essa história’.
Cobranças diferentes
A diferenciação de cobrança de preços entre homens e mulheres levou o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, a divulgar no início deste mês uma orientação técnica que veta a medida. O parecer vale para bares, restaurantes e casas noturnas. Os estabelecimentos terão um mês para se adequarem à determinação. A partir desse período, os consumidores do sexo masculinoo poderão exigir o mesmo valor cobrado às mulheres.
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