Saiu no site G1
O National Council on Aging (Conselho Nacional para o Envelhecimento) e o Women’s Institute for a Secure Retirement (Instituto das Mulheres para uma Aposentadoria Segura) acabaram de divulgar pesquisa sobre a saúde financeira das mulheres nos Estados Unidos, intitulada “What women say: insights and policy solutions for lifelong security” (“O que as mulheres dizem: entendimento e soluções em políticas para segurança ao longo da vida”, em tradução livre). Ano passado, eu havia escrito uma coluna sobre as conclusões de levantamento realizado em 2023, e o que a nova edição mostra, ao segmentar o trabalho e incluir as categorias de negras, latinas e moradoras em áreas rurais, é que a situação – ou a percepção dela – piorou.
Metade escolheu palavras como incerteza e preocupação para definir em que medida se sente preparada para enfrentar os desafios com os custos da saúde no futuro. Referências negativas foram utilizadas por 76% das entrevistadas – e por 84% das de baixa renda. Termos positivos, como esperançosa, confiante ou satisfeita, foram usados por 49% delas, sendo que por apenas 35% do grupo menos favorecido.
Os temas abordados foram saúde, segurança financeira e políticas públicas a serem implementadas. Nos últimos 12 meses, uma em cada três mulheres enfrentara dificuldades no atendimento médico e insegurança alimentar: no país mais rico do mundo, 29% haviam diminuído as porções de comida ou pulado refeições por falta de dinheiro para adquirir alimentos; outras 20% não tinham comprado medicamentos pelo mesmo motivo. A maior parte (57%) acreditava que o sistema de saúde frequentemente discrimina pessoas por critérios raciais ou étnicos. A avaliação estava presente em todas as faixas etárias, indo de 52% entre baby boomers (com idade entre 60 e 78 anos) a 69% entre as millenials (entre 28 e 43 anos).
Comparada com a pesquisa do ano anterior, houve piora da percepção sobre o estresse financeiro. Um número menor se considera numa situação de segurança monetária, e elas não estão confiantes sobre como planejar e poupar para a aposentadoria. Em 2023, 51% discordavam totalmente da afirmação “sinto-me segura financeiramente”; este ano, o percentual era de 56% e, entre as de renda mais baixa, chegava a 79%”.
Em todas as perguntas, cresceu o sentimento de desalento. Em relação à frase “Não ganho o suficiente para poupar”, 59% das mulheres concordaram, percentual que chegou a 81% na faixa de baixa renda. Entre as que não dispunham de qualquer reserva de emergência para viver por três meses, 50% disseram que se encontravam nessa situação; no grupo mais desfavorecido, eram 79%. Moradia e saúde foram apontadas como as maiores preocupações para o futuro. Posso usar a mesma frase que empreguei na coluna do ano passado: as conclusões valem para cá.
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