Saiu no Supervarejo
Das entrevistadas, 37% disseram ter sofrido assédio moral e 31% sexual; 70% afirma ter sofrido assédio (moral ou sexual) no trabalho. 46% das mulheres que sofreram assédio no trabalho disseram não ter percebido nenhuma ação concreta quando delataram o agressor e 23% das mulheres disseram ter sido desligadas depois da denúncia.
Foi pensando nisso que o Instituto Mulheres do Varejo se uniu ao Projeto Justiceiras para lançar um canal de denúncias que não estará ligado a nenhuma empresa, deixando as mulheres mais confortáveis para relatar as agressões.
“Em nossas rodas de conversa sempre ouvimos casos de assédio e afirmações de mulheres dizendo que não têm coragem de relatar ao RH ou a algum canal de denúncia interno, pois têm medo de retaliações ou medo de demissões. Por isso, resolvemos abrir um canal isento, pois empresas que apoiam o assédio não são empresas em que queremos trabalhar”, diz Sandra Takata, presidente do Instituto Mulheres do Varejo.
“A presença feminina no mercado de trabalho representa aproximadamente 52%. No varejo, as mulheres também ocupam metade dos espaços. Se a cada três mulheres, uma sofre algum tipo de violência, certamente, as mulheres do varejo também podem ser vítimas. A parceria tem como objetivo dar as mãos para para essas mulheres e protegê-las de toda forma de violência contra a mulher”, completa Gabriela Manssur, fundadora do Projeto Justiceiras.