Saiu na FOLHA DE S.PAULO
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Pela primeira vez em seus 77 anos, a AASP (Associação dos Advogados de São Paulo) terá uma mulher na sua presidência.
A advogada Viviane Girardi, 50, chega ao comando da instituição no mesmo ano em que outro fato inédito ocorre na entidade: é a primeira vez que o conselho da associação, com cerca de 80 mil filiados, terá paridade de gênero entre seus membros (11 homens e 10 mulheres).
Em entrevista à Folha, Viviane diz que a pandemia da Covid-19 afetou de forma desigual a mulher advogada e mostra que a igualdade de gênero também precisa chegar à divisão das tarefas dentro de casa, para tirar a sobrecarga que afeta as mulheres e permitir que elas alcancem os postos de comando de escritórios e empresas.
A advogada defende a volta das práticas presenciais no Judiciário após a crise de saúde e afirma que o uso de inteligência artificial na Justiça deve ser feito com reservas, pois as decisões judiciais não podem ser baseadas apenas em estatísticas e parâmetros internos de sistemas digitais sobre os quais não haja transparência.
Especialista na área de família e sucessões, ela conta que, na pandemia, aumentou a procura das pessoas por elaboração de testamentos e regularização das situações de relacionamento, seja no reconhecimento formal das uniões estáveis, seja nos chamados “contratos de namoro”.