Saiu no site G1:
Veja publicação original: IBGE aponta alta de 5,9% no número de mulheres que chefiam propriedades rurais: ‘não me vejo na cidade’, diz agrônoma
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Censo agropecuário aponta que 18,6% das fazendas brasileiras são administradas por mulheres. Juliana Junqueira administra lavoura e gado em área de 800 hectares em Ribeirão Preto (SP).
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A agrônoma Juliana Junqueira é o exemplo de que as propriedades rurais estão cada vez mais “femininas” sob a responsabilidade das mulheres, como apontam dados preliminares do censo agropecuário divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (26).
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Segundo o relatório, a porcentagem de propriedades agrícolas administradas por mulheres passou de 12,7% para 18,6%, entre 2006 e 2017. A pesquisa mostra ainda que a área ocupada pela agropecuária cresceu 16,5 milhões de hectares nos últimos 11 anos.
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Na propriedade de 800 hectares em Ribeirão Preto (SP), é Juliana quem dá a palavra final sobre o que plantar, quando colher, qual gado deve ser vacinado. Ela diz que desde a infância sempre foi apaixonada pelo campo e, hoje, como administradora, é respeitada pelos funcionários.
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“Não me vejo morando na cidade e nem trabalhando em escritório. A presença da mulher é muito importante, ela tem uma capacidade enorme de decisão, de participar ativamente de todas as rotinas de uma fazenda. O capricho da mulher brasileira, tudo que a gente faz querendo sempre o melhor, está presente no campo também”, diz.
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A agrônoma Juliana Junqueira é responsável pela fazenda de 800 hectares em Ribeirão Preto (Foto: Carlos Trinca/EPTV )
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Para a técnica do IBGE Carolina da Costa Ziviane, o aumento no número de mulheres à frente dos negócios agrícolas é uma tendência global, assim como em outras áreas do mercado de trabalho.
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“As mulheres estão acompanhando esse mercado e estão assumindo cada vez mais essas posições”, afirma.
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Os agentes do IBGE visitaram 5.072.152 propriedades rurais em todo o país no ano passado. O censo mostra redução no número de propriedades pequenas – até 100 mil hectares – de 34% para 32%, nos últimos 11 anos.
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Por outro lado, a porcentagem de grandes propriedades – até 1 mil hectare – aumentou em relação ao total, passando de 45%, em 2006, para 47%, em 2017.
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Propriedade rural em Ribeirão Preto (Foto: Carlos Trinca/EPTV)
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O IBGE aponta ainda que 79,1% dos entrevistados não passaram do nível fundamental. Mas, a baixa escolaridade não impede o acesso às tecnologias. O uso da internet cresceu 1.790% entre os produtores rurais.
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“O produtor depende da tecnologia mesmo, a partir do uso de celulares, da conexão com a internet sem fio. Isso facilitou muito a vida do produtor”, diz Carolina.
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O censo também aponta o envelhecimento dos produtores rurais, a partir da redução do percentual daqueles que tem idade até 45 anos e aumento significativo dos que já passaram dos 55 anos de idade.
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O pecuarista Adir do Carmo Leonel, de 79 anos, representa bem essa categoria. Há 60 anos lidando com o agronegócio, ele conta que tem utilizado cada vez mais a tecnologia como aliada, na hora de administrara fazenda de gado em Ribeirão Preto.
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“Mexemos com genética e temos aprovado o nosso negócio. Quem tem dom, não abandona esse setor e continua. Eu não penso em deixar e o meu filho vai seguindo com muito sucesso. Sou feliz pela minha história, meu presente é bonito porque meu passado também foi”, conta.
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Adir do Carmo Leonel, de 79 anos, há mais de 50 anos investe no agronegócio em Ribeirão Preto (Foto: Carlos Trinca/EPTV)