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Veja publicação original: Homens que matam!
No artigo de hoje falarei sobre homens agressores, violentos, dominadores que matam. Uma realidade sofrida por algumas mulheres que terminam sendo vítimas de feminicídio. Há formas de se proteger desse tipo de agressor, e a melhor delas é a observação real, sem fantasias e ilusões. Muitas vezes a violência é uma constante, mas a vítima dá mais uma chance ao agressor na expectativa de que ele mude. E nesse ciclo crescente de violência, o homem agressor mata a mulher.
No inicio do relacionamento os homens agressores agem de forma dissimulada, sutil, mascarando a violência. Com o decorrer do relacionamento ele vai se revelando. Sempre digo que o homem violento não se transforma, ele apenas se revela. Desde o início do relacionamento ele tem uma personalidade violenta, porém a esconde dentro uma aparência de bom moço, de homem ideal. Quando o agressor começa a sentir segurança de que a mulher está apaixonada, ele começa a se revelar. As atitudes dos homens violentos/dominadores são similares. Primeiro ele isola a mulher dos amigos e familiares para que ela tenha dependência emocional dele. Depois começa a violência psicológica, incluindo ameaças. Afastada de todos, ela se torna uma presa fácil para o agressor, com baixa auto estima e muitas vezes desequilibrada emocionalmente. As vítimas têm medo e vergonha de procurar ajuda e sofrem sozinhas, de forma covarde e silenciosa, reclusas dentro de suas casas.
Há ainda os agressores que isolam as mulheres de uma forma tão cruel que as impedem de sair de casa, tornando-as prisioneiras de suas maldades e instintos assassinos. Se a mulher “desobedecer” ao comando do agressor, ele parte para outra violência, a física, com agressões e espancamentos. Com isso, o ciclo da violência vai crescendo de forma descontrolada, chegando ao fim, com a morte. O feminicídio é o último estágio do ciclo da violência, por isso é necessário que a mulher vítima de violência, rompa com esse ciclo desde o início.
Amiga, por isso que falo que a observação é a principal forma de lhe proteger de homens agressores. Quando você observar que está sendo isolada de todos, que está sendo impedida de sair de casa, de se vestir da forma que gosta, preste atenção. Observe as atitudes do seu companheiro, ele não é dono de sua vida e de suas vontades. Ninguém tem o direito de te afastar dos seus amigos e familiares. O ciúme em excesso não é amor, é dominação, posse. O homem dominador quer te humilhar, para que você se sinta inferior. Ele quer te fazer acreditar que você “é feia, gorda, preguiçosa, burra”. É a forma covarde que ele tem de te diminuir para você aceitar as agressões dele.
Não tenha ilusão e fantasia com esse tipo de homem. Enxergue o agressor de forma real. Analise a sua vida e veja onde está o problema. Se você estiver sozinha, isolada, sofrendo violência doméstica, busque ajuda. Não continue nessa relação doentia. Rompa com o ciclo da violência procurando ajuda em um Centro de Referência da Mulher ou em uma Delegacia de Polícia. As estatísticas da polícia demonstram que mulher protegida não morre. Quando a mulher denuncia e requer as Medidas Protetivas de Urgência, o agressor se afasta com medo de ser preso. Não se submeta aos arbítrios e vontades de um agressor dominador que quer destruir a sua vida. Não coloque a sua vida nas mãos de ninguém. Você é dona da sua vida, por isso tenha sonhos e traces objetivos. Você pode mudar de vida, denuncie, se proteja e não permita que ninguém acabe com sua vida, te tornando mais uma vítima de feminicídio. Supere a dor, e siga em frente!
VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA. A LEI MARIA DA PENHA IRÁ TE PROTEGER!
EM QUAIS ÓRGÃOS BUSCAR AJUDA VIOLENCIA CONTRA A MUHER:
» Centro de Referência Clarice Lispector – (81) 3355.3008/ 3009/ 3010
» Centro de Referência da Mulher Maristela Just – (81) 3468-2485
» Centro de Referência da Mulher Márcia Dangremon – 0800.281.2008
» Centro de Referência Maria Purcina Siqueira Souto de Atendimento à Mulher – (81) 3524.9107
» Central de atendimento Cidadã pernambucana 0800.281.8187
» Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal – 180
» Polícia – 190 (se a violência estiver ocorrendo) – 190 MULHER