Saiu no site CNN BRASIL
Segundo as investigações, grupo era liderado por indivíduos presos em uma cadeia no RS; bandidos pediam R$ 20 mil para não divulgar imagens íntimas
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um grupo de homens que se passava por mulheres em aplicativo de relacionamento para extorquir vítimas. As ações começaram no domingo (28) e terminaram nesta quarta-feira (1º).
Segundo a investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), o grupo é liderado por criminosos de dentro do presídio de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
Sete pessoas tiveram mandados de prisão. Quatro fora da prisão e três dentro do presídio. A polícia também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão. As ações foram em Bento Gonçalves.
Dos sete presos, quatro já usavam tornozeleira eletrônica por outros crimes, segundo o delegado Eduardo Fabbro informou à CNN.
A investigação aponta que o grupo tinha como alvo homens com alto poder aquisitivo. Após estabelecer contato e ganhar a confiança das vítimas, convenciam-nas a enviar fotografias íntimas. Com posse das imagens, iniciavam um processo de extorsão, ameaçando divulgar o conteúdo sensível caso não fosse realizado um pagamento na ordem de R$ 20 mil.
Até o momento, a polícia identificou cinco vítimas diretamente afetadas no Distrito Federal, embora se estime que o número seja maior.
Os presos foram interrogados e dois deles revelaram como agiam. Os membros do grupo responderão pelos crimes de extorsão, lavagem de dinheiro, corrupção de menor e associação criminosa, com penas máximas, somadas, de 28 anos.
A CNN procurou a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo sobre o uso de celular nos presídios e aguarda retorno.