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Veja publicação original: Fifa destina apenas 1% de sua verba para premiar mulheres
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Embora o futebol feminino, sobretudo no Brasil, tenha ganhado espaço nos últimos anos, a desigualdade de gênero ainda é gritante. Dói no bolso. Enquanto homens recebem uma quantidade de dinheiro que não dá nem pra contar, a Fifa destinou apenas 1% de sua fortuna para premiação de atletas mulheres na Copa do Mundo.
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O Mundial, considerado o mais midiático e promissor da história do futebol feminino, ocorre na França a partir do dia 7. Cartolas hospedados em luxuosos hoteis de Paris dizem aos quatro ventos que o futebol feminino é prioridade. Nunca se investiu tanto, asseguram.
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Não é o que parece, pelo menos no bolso. Documentos mostram que a entidade máxima do futebol separou por volta de 30 milhões de dólares, R$ 170 milhões de reais, para todas as seleções que disputam a Copa do Mundo. Pouco mais de 1% da quantia depositada nos cofres da Fifa.
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Para comparar, as 32 seleções do masculino que disputaram o caneco na Copa do Mundo da Rússia receberam 400 milhões de dólares, mais de 1 bilhão de reais. A disparidade será ainda maior em 2022, quando o Mundial chega ao Catar. Os homens vão receber US$ 440 milhões.
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A seleção comandada por Marta, seis vezes melhor do mundo (mais prêmios que Messi e Cristiano Ronaldo), vai levar pra casa um quarto do que Neymar garantiu na Rússia. Caso conquiste o título inédito, a seleção brasileira feminina recebe 4 milhões de dólares – 15 milhões de reais. Detalhe, o time masculino do Brasil caiu nas quartas diante da Bélgica.
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A Fifa nunca ganhou tanto dinheiro em Copa do Mundo na história. Em 2018, o The New York Times se baseou em documentos oficiais para mostrar que a entidade, registrada como sem fins lucrativos, deveria faturar cerca de R$ 23 bilhões de reais apenas com direitos de transmissão, contratos de patrocínio e royalties.
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O lucro ultrapassa o PIB de países como Suriname, Serra Leoa e Cabo Verde. A Fifa, presidida pelo advogado italiano Gianni Infantino – eleito após escândalos de corrupção envolvendo o nome do antigo chefão Joseph Blatter – se defende e afirma que dobrou os recursos para prêmios entre mulheres, em comparação com 2015.
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