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Veja publicação original: Falso policial suspeito de estuprar mulher em São Paulo já foi vereador na Bahia
Homem, que foi preso em SP por suspeita de estupro e assalto, já teve cargos públicos e se candidatou em diversas eleições. Delegada o chamou de “predador sexual”
Adson Muniz Santos, de 32 anos, preso em São Paulo por suspeita de ter estuprado e assaltado uma mulher no bairro dos Jardins, já foi vereador em cidade baiana, além de ter concorrido ao cargo de deputado federal pelo estado em 2014.
O homem, que foi preso na última quarta-feira (11.10), se fingia de policial federal ou de pordutor de televisão procurando personagens de reality show para abordar as vítimas. Depois de sua prisão, a polícia divulgou imagens do suspeito e 21 mulheres o reconheceram e apontaram terem sido suas vítimas.
Baiano, Adson é de Livramento de Nossa Senhora e foi eleito vereador em 2012, na cidade de Jussiape, na região da Chapada Diamantina pelo Partido Republicano Brasileiro (PRP). Em 2014, ele se candidatou a deputado federal pelo estado da Bahia mas não foi eleito. Em 2016, Adson tentou a reeleição como vereador mas não chegou ao número de votos necessários. Segundo informações apuradas pelo G1, apesar de não ter sido eleito, Adson atuou como suplente de vereador no município, além de presidente do PRP na cidade.
Crime em bairro nobre
Com arma e identificação falsas da Justiça Federal, Adson abordou uma mulher que saía de carro de um supermercado na região dos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Um vídeo da câmera de segurança do estacionamento do local mostra o homem indo até o carro, mostrando o objeto e sinalizando para que a motorista pare. O registro e o boletim ocorrência do caso viralizaram nas redes sociais.
Adson então entra no carro, faz um saque de R$1 mil com o cartão da vítima e a estupra em seguida. Segundo a polícia, além das identificações de policial falsificadas, o homem também usava um cartão da TV Globo para se passar de produtor de televisão em busca de participantes para um reality show, chamando as vítimas para um teste. A delegada Cristine Nascimento Guedes Costa, da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo, disse que “ele é um predador sexual”.
Em entrevista ao G1, o delegado Marco Antonio de Paula Santos, que também investiga o caso, afirmou que o suspeito “buscava mulheres com posse e posições sociais mais elevadas e com posse, até porque ele agia na região dos Jardins”. O delegado acredita que Adson agia desde 2012 e costumava abordar as vítimas em aeroportos, clubes e perto de bancos e supermercados.
Abordagens
Na última terça-feira (10), Adson abordou uma mulher perto do Hospital Sírio-Libanês, no Centro de São Paulo, segundo o portal de notícias. A mulher contou ao veículo que ia ao centro médico e o agressor a abordou agressivo, dizendo que iria entrar em seu carro para levá-la à delegacia.
Outra vítima que reconheceu o suspeito contou que o homem se passou por diretor de produção da Globo, usando uma identificação falsa, para a convidar para fazer fotos nuas em um hotel. A mulher recusou.
Em caso de suspeita de uma abordagem, a Polícia Federal recomenda acionar o 190 e questionar o motivo da ação.
Veja também: Suspeito de se passar por policial para estuprar mulher nos Jardins é preso
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