Saiu no site DN:
Veja publicação original: Ex-polícia espanhol acusado de fingir matar os filhos para torturar a mãe das crianças
O homem já tinha sido condenado três vezes por maus tratos e violência doméstica
Um ex-polícia espanhol é acusado de ter fingido matar os filhos para fazer sofrer a mãe das crianças, de quem está separado. Manuel Lebrón foi detido em Granada por ter retido os dois menores, de 9 e 10 anos, depois de uma visita.
O desenrolar do caso relançou a discussão em Espanha sobre os direitos de progenitores condenados por violência doméstica, como era o caso, mas também sobre como foi possível Lebrón manter-se como agente da polícia durante anos, apesar de comportamentos perigosos, noticia o jornal espanhol EL País.
O homem devia ter levado os filhos à ex-mulher a 30 de dezembro, um sábado, mas falhou o encontro. A mãe das crianças contactou a polícia, que só na segunda-feira à noite chegou aos menores. Quando foi detido, em casa da atual companheira, o ex-polícia feriu com uma faca os três agentes que estavam presentes e terá usado os filhos como escudo.
Segundo o jornal, a procuradoria pediu que Lebrón ficasse impedido de se aproximar das crianças, afirmando que no período em que tinham estado retidos pelo pai aquele lhes disse que não voltariam a ver a mãe e terá tentado mesmo tirar fotografias “com os dois caídos no chão, manchados de sangue, simulando que estavam mortos”, tudo para fazer sofrer a ex-mulher.
O homem já tinha sido condenado três vezes por maus tratos e violência doméstica, a última em 2016, tendo ficado estabelecido que as agressões à mulher ocorreram na presença dos menores.
Na polícia, e apesar de os seus chefes o terem tentado expulsar há cinco anos, Lebrón não só ficou no cargo como dirigia uma equipa de 15 agentes da polícia local de Alcalá de Guadaíra, aponta o El País. Segundo fontes policiais citadas no El Confidencial, terá usado os seus conhecimentos de advocacia – era licenciando em Direito – para invalidar várias tentativas, invocando irregularidades processuais.
O agente de 40 anos, licenciado em Direito, foi suspenso depois de ter recebido “uma declaração de incapacidade total” devido a problemas psicológicos, na mesma altura em que foi condenado por violência doméstica.
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