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Entre Irmãs é um livro sobre mulheres fortes

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Veja publicação original:  Entre Irmãs é um livro sobre mulheres fortes

 

A adaptação para o cinema da história estreou essa semana no cinema

Por Rafaela Polo

 

Você talvez já até tenha lido essa história. Entre Irmãs, na verdade, chamava-se originalmente A Costureira e o Cangaceiro. A mudança aconteceu para que a história das páginas combinasse melhor com a pegada do filme, que conta com Nanda Costa e Marjorie Estiano no elenco e que chegou aos cinemas no dia 12 de outubro. A autora adorou.

 

Frances de Pontes Peebles nasceu no Recife, morou nos Estados Unidos desde pequena (entre idas e vindas em que voltou a ficar no Brasil) e sempre teve vontade de escrever uma história sobre as mulheres no cangaço. O desejo deu tão certo que a obra já foi traduzida para nove idiomas e ela ganhou prêmios como Elle Grand Prix for Fiction, o Friends of American Writers Awards e o Michener-Copernicus Fellowship.

 

Em um papo exclusivo com a COSMO, Frances revelou um pouco mais sobre seu lado autora e como foi ver suas ideias se transformarem em um filme.

 

De onde surgiu sua inspiração para a história?

Na verdade, esse livro tem várias inspirações. Acredito que a história já estava dentro de mim, ela só foi se acumulando ao longo do tempo. Desde quando eu era jovem queria escrever sobre o cangaço, mas de uma maneira diferente. Quando comecei a procurar histórias sobre as mulheres que faziam parte disso, não existiam. Elas foram esquecidas e eu queria escrevê-la. Eu tinha uma boneca de pano que vestia a roupa de cangaceira, minha avó se chamava Emília e minha tia avó Luiza. Dei o nome das personagens principais em homenagem a elas. Além de tudo, minha vó também era costureira.

Como é ver seu livro se tornar um filme?

Sinto uma gratidão imensa. Isso dará uma vida nova ao livro. Não participei da adaptação, mas acho que o elogio mais forte e bonito que qualquer artista pode receber é que ele inspira outro artista. O diretor (Breno Silveira) e a roteirista (Patrícia Andrade) precisavam de independência para fazerem sua própria obra. Não é fácil escrever um roteiro de um livro de 600 páginas, mas a Patricia captou a alma da história.

Qual o seu livro preferido?

Ah, tenho muitos. Mas acabei de ler pela décima vez As Três Marias, de Raquel de Queiroz. Amo esse livro. Acho a Raquel uma joia rara na literatura brasileira. Ela cria personagens femininos fortes e você é transportada para o enredo, quer saber o que vai acontecer. Isso muito importante quando se está lendo.

Você faz parte do time que acha que primeiro tem que ler o livro e depois ver o filme?

Sim, pois valorizo a literatura. Estamos em uma cultura muito visual. Quando assistimos a um programa não precisamos imaginar. Algo que eu acho lindo em um livro, como leitora, é que somos parceiros dos autores. O leitor cria junto comigo, quando estou narrando, os personagens em sua mente. Tem que ler o livro antes para valorizar a literatura, o escritor e o romance.

 

 

 

 

 

 

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