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STF manda soltar goleiro que tramou o assassinato da mãe de seu filho.
Foram 6 anos e 7 meses de cadeia.
O goleiro Bruno Fernandes, considerado pela Justiça o mandante do assassinato da ex-amante Eliza Samudio, em 2010, foi beneficiado por um habeas-corpus julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e deverá sair da prisão nesta sexta-feira (24).
Da prisão, sua vítima nunca saiu.
No auge da fama, o jogador de futebol sequestrou, matou e escondeu o corpo da mãe de seu filho. Essa foi a compreensão do júri popular que o condenou.
Até hoje, o corpo de Eliza não foi encontrado.
Bruno roubou a dignidade da vida e mesmo da morte de uma mulher que quis silenciar. E silenciou.
O goleiro utilizou seu poder, dinheiro e influência para cometer crimes contra Eliza e o filho, também alvo de sequestro e cárcere privado.
Eliza tentava provar que Bruninho era fruto da relação dos dois. E queria pensão para o filho.
Bruno nunca confessou o assassinato. Pelo contrário, jogou a culpa sobre Macarrão, seu ex-companheiro de todas as horas.
Em 2013, foi condenado a 17 anos de 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado. No total, a pena foi de 22 anos e 3 meses.
Tivesse cometido esse crime hoje, haveria um agravante a mais: o feminicídio.
Agora, o STF manda soltar Bruno até sair o resultado dos recursos à condenação no âmbito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Da prisão, Eliza talvez nunca sairá. Mas seu assassino, sim, tem direito à liberdade.
É como a Justiça brasileira entende. É como a realidade se apresenta para nós.
Publicação Original: Eliza nunca sairá da prisão. Sem corpo, sem vida, sem justiça