Saiu no site JORNAL NACIONAL
Veja publicação original: Eleições dos EUA têm número recorde mulheres na disputa
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Somente na Câmara, são 235 mulheres lutando por uma vaga; 22 candidatas concorrem ao Senado e 16 a governos estaduais.
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Na próxima terça-feira (6), os americanos vão às urnas para escolher deputados, senadores e governadores. E este ano de 2018 tem um número recorde de mulheres na disputa.
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Num país onde o voto não é obrigatório, uma parceria feminina incentiva os eleitores a irem às urnas.
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A americana Esther é professora e criou o site O Voto do Amor, que sem defender nenhum candidato específico convida a população a votar para dar voz a quem não tem o título de eleitor como menores de idade e imigrantes.
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“É um projeto para pessoas que não podem votar porque são imigrantes ou porque estavam presos e perderam o direito de votar. Eles contam a história deles e dizem porque é importante que eles votem. Depois os amigos e a família podem prometer votar para eles”.
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Aisha, que aos 17 anos ainda não pode votar, trabalha no projeto e quer que deputados e senadores restrinjam o porte de armas.
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“Quero mostrar o que significa ser uma estudante e ter medo de que a sua escola seja o próximo alvo de um atirador”.
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Um comício em Nova York teve o mesmo objetivo: convencer os eleitores a sair de casa para votar e em 2018 eles têm a oportunidade de fazer história. Um número recorde de mulheres está concorrendo a vagas na Câmara, no Senado e também em governos estaduais.
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Victoria é de Ohio e conta que decidiu votar numa candidata negra.
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“Quem melhor para entender o que é ser oprimido e as mudanças necessárias nas nossas políticas?’
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Kaytly, da Pensilvânia, diz que passou da hora de eleger mulheres para todos os níveis de governo e de ter uma presença feminina também na Casa Branca.
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Só na Câmara, são 235 mulheres na disputa; 22 candidatas concorrem ao Senado e 16 a governos estaduais.
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Em Nova York, a grande estrela das eleições é a jovem democrata Alexandria Ocasio-Cortez, de 29 anos, que desbancou um veterano ao conquistar a vaga de candidata à Câmara pelo distrito do Bronx.
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Ela é de origem porto-riquenha e a vitória dela nesta terça-feira (6) é vista como certa. Alexandria é uma defensora dos imigrantes e critica o discurso agressivo do presidente Donald Trump.
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A diversidade também está presente no estado de Vermont, onde a transgênero Christine Hallquist é candidata ao governo.
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Se forem eleitas, duas muçulmanas, a somali Ilham Omar, do Wisconsin, e a palestina Rashida Tlaib, do Michigan, serão as primeiras mulheres seguidoras do Islã a chegar ao Congresso.
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Entre as disputas estaduais, uma das mais acirradas é a da Geórgia, onde a candidata Stacey Abrams é a primeira negra com chances de ser eleita governadora.
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A cientista política Sharyn o’Halloran, da Universidade de Colúmbia, diz que a onda feminina é uma reação ao governo do presidente Donald Trump, que não fala dos assuntos que preocupam as mulheres.
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“É a culminação dos movimentos #metoo e da marcha das mulheres, que já vinham borbulhando há muito tempo. E também uma tentativa do Partido Democrata de testar a aceitação de uma candidata mulher para as eleições presidenciais de 2020”, diz ela.
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