Saiu no UNIVERSA
Leia a Publicação Original
Maria Clarice e Sandra definida a jogar por incentivo dos filhos. Já Lucilene pegou gosto pelos jogos online depois de abrir uma lan house. As três mulheres, todas com mais de 50 anos, participavam de campeonatos online de maneira despretensiosa, para se distrair e espantar a tristeza ou o tédio, mas hoje interagem com milhares de pessoas que assistem às transmissões que fazem.
Elas fazem parte de um grupo que está provando que videogame não é “coisa de menino”, trazendo diversidade para um ambiente ainda marcado pelo machismo. Apesar de relatos sobre discriminação no ambiente das vidas, as mulheres são, inclusive, maioria entre os usuários de jogos para celular e representam 62,2% do total, segundo a Pesquisa Games Brasil 2021.
Além do machismo, Lucilene, Sandra e Maria Clarice ainda enfrentaram outro preconceito ao se aventurar no mundo dos jogos online: o etarismo. É que elas se transmitem streamers de jogos – e transmitem ao vivo como próprias partidas em plataformas online – aos 50 anos. A seguir, Universa conta suas histórias:
“Falavam que ali não era lugar de mulher e que eu era muito velha para jogar”
“Eu sempre gostei de videogame. Desde a época do Mega Drive, que eu jogava com os meus filhos, os três hoje já têm mais de 20 anos. Há doze anos, abri uma casa em Manaus, onde moro. Então passei a jogar “Point Blank” e “Lineage” com os meninos que frequentavam o local. No início da quarentena que fechar o estabelecimento e fiquei sem meus companheiros de jogos. Foi aí que pensei em jogar em casa e transmitir.
Nunca imaginei que as coisas iam tomar essa proporção. Até porque, no início, as pessoas falavam: ‘Isso não é uma boa ideia. Ninguém vai assistir, o povo gosta de ver as gurizadas jogando, quem é profissional. Hoje tenho mais de trinta mil seguidores ‘.