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Efeitos do isolamento na violência doméstica e na saúde mental

 

Saiu no site RECONTA AÍ

 

Veja a publicação original:  Efeitos do isolamento na violência doméstica e na saúde mental

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Desde o começo do isolamento social, recomendado para lidar com a pandemia, a violência doméstica vem aumentando em diversas partes do mundo.

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Segundo a psiquiatra e especialista em medicina integrativa, Natacha Capozzi, a violência doméstica vem crescendo desde o início das medidas de isolamento social. A princípio, foi observado na China um aumento de três vezes nos relatos, sendo que isso seguiu em outros países, segundo ela. No Brasil, há uma previsão de que o aumento da violência doméstica se deu na ordem de 50%.

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A médica explica que os fatores são variados: eles vão desde o aumento do estresse pelo confinamento até o uso de álcool e drogas, que antes era feito fora de casa e agora é realizado no lar. Outra questão fundamental, segundo Natacha Capozzi, é a econômica.

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Idosos, crianças e mulheres são os maiores alvos da violência doméstica

“Muitas vezes o abusador pode ser o provedor da casa”, relata Capozzi. Nesta posição, ele pode acabar controlando produtos como máscaras e álcool em gel, impossibilitando as vítimas de saírem para pedir ajuda.

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Com o isolamento social, há também o afastamento da família e da rede sócio-afetiva, amigos e colegas de trabalho, por exemplo. A princípio, esse fato também contribui para que as violências passem desapercebidas.

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A médica frisa que além de crianças, idosos e mulheres, há outros grupos vulnerabilizados durante a pandemia. “Temos uma violência estrutural no País, expressa pela desigualdade social”, afirma.

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No mesmo sentido, o acesso à informação e aos seus meios tem sido fundamental para sair do ciclo de violência. Quando o abusador controla telefone e internet, as vítimas ficam ainda mais impossibilitadas de saber como pedir ajuda ou mesmo como fazer isso.

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Natacha Capozzi relata que os espaços em que as denúncias podem ser feitas também foram reduzidos. Com o fechamento de escolas e o direcionamento total dos serviços de saúde ao atendimento de doentes por Covid-19, ficou ainda mais difícil denunciar o agressor.

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Aproximação de pedófilos

Outro cuidado sugerido pela doutora é em relação às crianças e adolescentes na internet. Segundo ela relata, na Europa multiplicam-se os casos de pedófilos em redes sociais. Por isso, alerta: “é preciso ter mais cuidado com crianças e adolescentes na internet durante o isolamento”.

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Ouça o comentário completo de Natacha Capozzi clicando abaixo.

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