Saiu no site COLUNA
Veja publicação original: Educação sexual antes da faculdade pode evitar casos de abuso, diz estudo
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Pesquisa indica que ter este tipo de aula durante o ensino médio pode ter um efeito duradouro
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Os estudantes que tiveram aulas de educação sexual antes de entrarem na universidade correm menor risco de sofrer agressões sexuais durante o ensino superior, segundo uma nova pesquisa publicada na revista PLoS ONE. A mais recente publicação do projeto de Iniciativa de Saúde Sexual da Universidade de Columbia para Foster Transformation (SHIFT) indica que a educação em sexualidade durante o ensino médio pode ter um efeito duradouro e protetor para os adolescentes.
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A pesquisa constatou que os estudantes que receberam educação formal sobre como dizer não a relação sexual indesejada (classificado como treinamento de habilidades de recusa) antes dos 18 anos eram menos propensos a experimentar agressões sexuais com penetração na faculdade. Os estudantes que receberam esse tipo de treinamento também receberam outras formas de educação sexual, incluindo instruções sobre métodos de controle de natalidade e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
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“Precisamos começar a educação sexual mais cedo”, declarou John Santelli, principal autor do artigo, um pediatra e professor de População e Saúde da Família na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Columbia. “É hora de uma abordagem de curso de vida para a prevenção de agressão sexual, o que significa ensinar jovens – antes de chegarem à faculdade – sobre relacionamentos sexuais saudáveis e não saudáveis, como dizer não ao sexo indesejado e como dizer sim a relacionamentos sexuais desejados”.
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Os resultados do estudo baseiam-se em uma pesquisa confidencial com 1671 estudantes da Universidade de Columbia e Barnard College realizada em 2016 e entrevistas em profundidade com 151 estudantes de graduação feitas de setembro de 2015 a janeiro de 2017.
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Os autores descobriram que diversos fatores sociais e pessoais vivenciados antes da faculdade estavam associados à experiência de agressão sexual durante a faculdade. Esses fatores incluem contato sexual indesejado anterior ao ingresso na universidade (para mulheres); experiências adversas da criança, como abuso físico; ou início de sexo e uso de álcool ou drogas antes dos 18 anos.
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Entrevistas etnográficas destacaram a heterogeneidade das experiências de educação sexual dos alunos. Muitos descreveram esse tipo de educação como inadequada, incompleta ou que forneciam pouca informação sobre consentimento sexual ou agressão sexual.
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A pesquisa também descobriu que a participação religiosa no ensino médio não impediu a agressão sexual em geral, mas uma maior freqüência de participação religiosa mostrou uma associação protetora estatisticamente significativa limítrofe.
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“O impacto protetor da educação em sexualidade baseada em habilidades de recusa, junto com pesquisas anteriores mostrando que uma proporção substancial de estudantes sofreram agressões antes de entrar na faculdade, ressalta a importância de complementar os esforços de prevenção baseados em campus com treinamento anterior de habilidades de recusa”, disse Santelli.
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