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Sara BoboltzAssociate Editor of Viral Content, The Huffington Post
“Acho que as pessoas têm uma noção equivocada sobre o que é o feminismo”, disse Gal Gadot.
Como uma nova tradição, toda vez que Hollywood produz histórias sobre mulheres, precisamos encarar a pergunta: é feminista?
“Sim”, disse Emma Watson, antes da estreia de A Bela e a Fera, filme produzido pela Disney, em março.
“Sim”, disse Elisabeth Moss, quando a série “The Handmaid’s Tale” (baseada no livro O Conto da Aia) foi lançada pelo canal Hulu, em abril.
E, agora, “sim”, diz Gal Gadot, antes da estreia de Mulher Maravilha neste mês.
Sim, claro.
“Mulher Maravilha é feminista, claro”, disse a atriz à revista Entertainment Weekly (EW), em uma entrevista publicada em maio. “Acho que as pessoas têm uma noção equivocada sobre o que é o feminismo. Pensam em axilas peludas, mulheres que queimam sutiãs e odeiam homens. Não é isso. Para mim, o feminismo tem tudo a ver com igualdade e liberdade e [mulheres] escolhendo o que querem fazer. Se for questão de salário, então temos de ser pagas de forma igual aos homens. Não tem a ver com homens versus mulheres ou mulheres versus homens.”
Se podemos dizer alguma coisa a partir das primeiras reações dos críticos ao filme, Gadot e a diretora Patty Jenkins, de fato, constroem uma super-heroína a partir da adorável personagem dos quadrinhos da DC — igual a qualquer um dos homens. Em termos de romance, a EW observa que a Mulher Maravilha e Steve Trevor (Chris Pine) são um par que “alguns poderiam chamar” de igualitário, uma dinâmica que Gadot afirma ser intencional: os que estão por trás do filme tentaram evitar projetar qualquer um dos dois como uma espécie de príncipe e princesa.
Eles apenas queriam “lembrar a todos como as coisas deveriam ser”, disse Gadot.
“Era importante para mim que meu personagem nunca tivesse de fazer sermão sobre como os homens devem tratar as mulheres”, disse a atriz à revista. “Ou como as mulheres devem perceber a si mesmas. Tinha mais a ver com estar alheio às regras da sociedade. “Como assim as mulheres não podem entrar no Parlamento. Por quê?”
À medida que mais críticos veem o filme e debatem seus méritos feministas, justificadamente ainda questionando se outra representação de uma forte personagem feminina na mídia de entretenimento de consumo em massa retrata adequadamente o movimento feminista moderno como queremos que seja, “Mulher Maravilha” decidiu antecipar sua defesa.
*Este texto foi originalmente publicado no HuffPost US e traduzido do inglês.
Publicação Original: É claro que a ‘Mulher Maravilha’ é feminista