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Pouco mais de dois anos e meio se passaram desde a fatídica noite de 14 de março de 2018, quando a vereadora carioca Marielle Franco foi brutalmente assassinada. De lá para cá, ainda não sabemos quem mandou matá-la, mas foi a partir desse crime que emergiu um movimento de novas forças políticas femininas, em sua maioria de mulheres pretas e periféricas.
É desse fenômeno que trata o documentário Sementes: Mulheres Pretas no Poder, lançado nesta segunda (7). O filme, aliás, já está disponível para ser visto totalmente de graça no site da Embaúba Filmes.
Dirigido por Éthel Oliveira e Júlia Mariano, Sementes acompanha, escuta e revela quem são algumas das mulheres pretas na política do Brasil, que emergiram após o assassinato de Marielle Franco.
Em um país com a menor representação parlamentar feminina na América do Sul e com 15% de cadeiras, existentes na Câmara dos Deputados, ocupadas por mulheres, responder politicamente ao assassinato de Marielle Franco significou para muitas dessas mulheres disputar esse espaço na política.
Rodado no Rio de Janeiro, durante o primeiro turno das eleições de 2018, o filme acompanhando seis candidatas: Mônica Francisco, Renata Souza, Talíria Petrone, Rose Cipriano, Tainá de Paula e Jaqueline Gomes e mostra como é o processo de construção dessas mulheres como figuras políticas, como driblam as dificuldades financeiras e trazem de volta às urnas eleitores desacreditados.
Com uma equipe majoritariamente feminina e com paridade entre mulheres brancas e pretas. Sementes: Mulheres Pretas no Poder é o primeiro longa da co-diretora Éthel Oliveira, da fotógrafa Marina Alves e da roteirista Lumena Aleluia. Uma escolha da produtora executiva e co-diretora Júlia Mariano com o objetivo de quebrar essa cultura também no audiovisual e mostrar uma história sobre lideranças negras, contadas por profissionais negras.
O filme está disponível de graça até o dia 30 de setembro.