HOME

Home

Disparidade salarial. Mulheres da UE têm menos dois salários do que os homens

Saiu no site EXPRESSO – PORTUGAL

 

Veja publicação original:   Disparidade salarial. Mulheres da UE têm menos dois salários do que os homens

.

Em média, as mulheres no espaço comunitário ganham 16% menos do que os homens, pelo que a partir desta segunda-feira é como se trabalhassem sem receber até ao final de 2019. No sábado assinalou-se mais um “Equal Pay Day”. O caso português não foge à regra, apesar dos pequenos avanços registados: a disparidade em 2017 era de 14,8%, o valor mais baixo na última década

.

Por Hélder Gomes

.

As mulheres da União Europeia ganham em média menos dois meses de salário do que os homens. Por isso, é como se deixassem de ser pagas a partir desta segunda-feira e até ao final do ano, tendo em conta a disparidade salarial relativamente aos homens.

.

Em média, as mulheres na União Europeia (UE) ganham menos 16% do que os homens.

.

No último sábado assinalou-se mais um “Equal Pay Day”, o dia do pagamento igualitário. A contagem decrescente simbólica inicia-se esta segunda-feira por ser este o primeiro dia útil dos 16% de dias de trabalho que restam até ao final de 2019.

.

As mulheres continuam a ser as principais prestadoras de cuidados nos agregados familiares e historicamente têm menos oportunidades de trabalhar em sectores da economia que são, em geral, mais bem pagos. Além disso, as mulheres são menos contempladas com promoções do que os homens, sendo mais mal pagas do que estes para fazerem o mesmo trabalho.

.

.

“NÃO NOS RESTA MUITO MAIS TEMPO PARA PUXAR POR ESSE EQUILÍBRIO”

.

O caso português não foge à regra, apesar dos pequenos avanços registados.

.

Em média, as mulheres portuguesas continuam a ganhar menos do que os homens. Segundo dados de 2017, enviados pelas empresas à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e citados na edição desta segunda-feira do jornal “Público”, a remuneração mensal base das mulheres era, naquele ano, de €859,1 e a dos homens de €949,2 euros, o que corresponde a uma disparidade de 14,8%.

.

Apesar de significativo, o valor de 14,8% é o mais baixo da última década. Em 2011, estava nos 18% e, no ano seguinte, subiu aos 18,5%. Desde então, tem vindo a descer.

.

Segundo a presidente da CITE, Joana Gíria, a redução na disparidade salarial pode ser justificada por vários motivos. Nos últimos anos, houve uma desvalorização dos salários mais altos e isso afetou quem ganha mais, isto é, sobretudo os homens. Em simultâneo, houve aumentos no salário mínimo, honorários auferidos maioritariamente por mulheres.

.

Apesar da redução das diferenças salariais, a responsável defende que a disparidade continua a ser demasiado grande. “O caminho não se pode fazer de um momento para o outro, isto tem o seu tempo mas, nesta altura do século XXI, julgo que não nos resta muito mais tempo para puxar por esse equilíbrio”, afirma.

.

Segundo dados do CITE, o fosso salarial entre homens e mulheres seria ainda maior se se atendesse ao rendimento médio mensal, que inclui outras componentes, como as horas extra, os prémios e outros ganhos regulares, como o subsídio de função.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no linkedin
LinkedIn

HOME