Saiu no Hysteria
Nesta ficção científica que começa dez anos depois de uma revolução socialista tomar os EUA, as mudanças promovidas provam não terem transformado os pilares sexistas, racistas e homofóbicos que estruturavam a sociedade anterior. Enquanto a TV celebra o governo, grupos organizados de mulheres se mobilizam e partem para o ataque quando uma de suas líderes é assassinada pela polícia. Numa narrativa fragmentada e radical, o filme explora o poder da mídia e faz uma ótima crítica à misoginia e ao racismo. A diretora Lizzie Borden conseguiu a proeza de fazer com um orçamento baixíssimo (apenas US$ 40 mil) um pseudo-documentário feminista superpotente. Nascidas em Chamas dá espaço para mulheres que experimentam graus variados de opressão e amplifica a voz de negras, lésbicas e oriundas de classes baixas. Um chamamento à luta!