Saiu no site G1:
Por TV Morena
Pelo menos 10% de todos os casos de violência contra a mulher registrados em Dourados ocorrem nas aldeias do município, diz polícia.
Um projeto quer diminuir os casos de violência contra a mulher nas aldeias indígenas de Dourados, a 214 quilômetros de Campo Grande, na região sul de Mato Grosso do Sul. Uma delegacia de Polícia Civil móvel irá às aldeias para atender as moradoras.
Pelo menos 10% de todos os casos de violência contra a mulher registrados em Dourados foram nas aldeias do município, segundo a polícia. Uma vez por mês toda a estrutura da Delegacia da Mulher vai ser levada por um ônibus, até a aldeia Jaguapiru. No veículo vão ser feitos atendimentos sociais, psicológicos e boletins de ocorrência.
A delegada Paula Ribeiro dos Santos explica como o atendimento vai funcionar. “A gente sabe que a realidade é muito pior do que aquilo que chega na delegacia. Então, por isso, a importância desse projeto para trazer o atendimento da delegacia às aldeias, para que as mulheres se sintam mais à vontade, mais confiante, para fazerem as denúncias. Porque só por meio de denúncia a gente vai conseguir punir os agressores”.
A Polícia Militar também vai intensificar o trabalho nas aldeias. “Nosso trabalho vai ser muito mais fortalecido. As mulheres vão se sentir mais empoderadas e vai ter uma disponibilidade maior, pra acolher as denúncias e proteger efetivamente essas mulheres,” conta a cabo Gleice dos Santos.
A previsão é que depois, o projeto piloto seja aberto a outras comunidades indígenas do sul do estado. Uma cartilha com informações sobre a lei maria da penha também será distribuída.
Ajuda
Alguns casos de estupro, de violência física e psicológica são acompanhados pela dona Nilza Meireles, presidente do Conselho Feminino.
Há oito anos, a indígena ajuda outras mulheres no combate às agressões. “A gente vai orientar. A gente pede pra elas ir, elas vão. Só que têm umas que não vão, por vergonha, dificuldade de ir”.
Publicação Original: Delegacia móvel vai à aldeia indígena para combater violência contra mulher em MS