Saiu no site CORREIO BRAZILIENSE
É fundamental que as mulheres sintam-se encorajadas a denunciar qualquer forma de violência, sabendo que serão ouvidas e protegidas
PAULA BELMONTE, deputada distrital e procuradora Especial da Mulher da Câmara Legislativa do DF
Antes de tudo, reconheço a dor que esse episódio pode ter causado em várias dimensões. Não apenas à senhora Andressa, que tornou pública sua insatisfação e constrangimento, mas também à esposa, aos filhos e à família do parlamentar, que se veem expostos em um momento extremamente delicado.
Esse tipo de situação não fere apenas uma mulher — reverbera em todas nós. Inquieta-nos, atinge-nos e faz-nos refletir sobre os espaços que ainda precisamos conquistar com respeito, dignidade e segurança, mesmo nos ambientes mais cotidianos. Essa inquietação é legítima e reflete a luta contínua das mulheres por igualdade e respeito em todos os setores da sociedade.
Como Procuradoria Especial da Mulher, nosso dever é ser firme e responsável. Reforçamos, portanto, que quaisquer denúncias de assédio, violência ou constrangimento formalizadas pelos canais apropriados serão apuradas com a imparcialidade necessária e respondidas com seriedade e justiça. É fundamental que as mulheres sintam-se encorajadas a denunciar qualquer forma de violência, sabendo que serão ouvidas e protegidas.
É importante reconhecer que a conduta relatada ocorreu no âmbito da vida privada — o que, por si só, não isenta nenhum agente público de responsabilidade ética e social. Ainda que fora do exercício do mandato, sabemos que atitudes de parlamentares repercutem na confiança da sociedade. A vida privada e pública de um representante eleito estão intrinsecamente ligadas, pois a conduta pessoal reflete nos valores e na ética que se espera de um servidor público.
Por isso, mesmo com sensibilidade, é nosso dever separar, com equilíbrio e responsabilidade, as esferas pública e privada até que se estabeleçam fatos concretos, respeitando o devido processo legal e todas as partes envolvidas — inclusive as mulheres e famílias afetadas por essa exposição. Informamos ainda que já houve o protocolo de uma representação e que esta seguirá todos os trâmites regimentais, sob a condução da presidência da Câmara Legislativa.
Não nos omitiremos. Estamos acompanhando os desdobramentos com atenção e compromisso com a verdade. Não seremos coniventes com atitudes que desrespeitem qualquer mulher — seja em redes sociais, nas ruas, nos lares, nos gabinetes ou em qualquer espaço. A luta contra a violência de gênero deve ser constante e abrangente, alcançando todos os ambientes onde as mulheres possam estar vulneráveis.
Mas também precisamos ter responsabilidade e discernimento. Não podemos aceitar que a luta legítima das mulheres seja usada como ferramenta em disputas políticas ou manobras de poder. Isso também é uma forma de violência simbólica — contra todas nós. A instrumentalização de causas tão importantes desvirtua o verdadeiro propósito da luta por igualdade e justiça.
Seguiremos firmes e atentas. A luta pela dignidade da mulher não é seletiva, não se submete a conveniências. Acolhemos a dor de cada mulher — seja ela a que denuncia, seja a que silencia, seja a que sofre na intimidade do seu lar. Cada história é única e merece ser tratada com respeito e empatia.
Por isso, reiteramos: é preciso formalizar, registrar, denunciar — não para substituir a dor pela burocracia, mas para que essa dor se transforme em justiça. Só assim, conseguiremos fortalecer os direitos e garantias das mulheres. A formalização das denúncias é um passo crucial para avançar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Seguiremos com sensibilidade, compromisso e coragem. Seguiremos pelo direito de cada mulher ser respeitada, valorizada e protegida. Seguiremos, acima de tudo, por todas nós.
Seguiremos firmes e atentas. A luta pela dignidade da mulher não é seletiva, não se submete a conveniências. Acolhemos a dor de cada mulher — seja ela a que denuncia, seja a que silencia, seja a que sofre na intimidade do seu lar. Cada história é única e merece ser tratada com respeito e empatia.
Por isso, reiteramos: é preciso formalizar, registrar, denunciar — não para substituir a dor pela burocracia, mas para que essa dor se transforme em justiça. Só assim, conseguiremos fortalecer os direitos e garantias das mulheres. A formalização das denúncias é um passo crucial para avançar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Seguiremos com sensibilidade, compromisso e coragem. Seguiremos pelo direito de cada mulher ser respeitada, valorizada e protegida. Seguiremos, acima de tudo, por todas nós.