Saiu no site MEDIUM.COM:
Veja publicação original: Dê um Google aí: VIOLÊNCIA CONTRA MULHER!
Texto por: Juliana Ribeiro (https://medium.com/@juribbeiro)
São horas, dias, meses e anos dedicados à pesquisa sobre um único assunto: violência contra a MULHER.
São noites insones, dias mal vividos, coração acelerado, medo extremo, sensação de impotência, pele arrepiada e borboletas negras no estômago que, nem de longe, se aproximam daquelas experimentadas nos primeiros meses da paixão.
Hoje acordei, repentinamente, antes das 5h, pensando na Tayná. O crime aconteceu em 2013, tudo indica que já foi solucionado, mas, sabe-se lá o porquê, de quando em vez essas mulheres que perderam suas vozes — antes mesmo de aprenderem a falar — ora sussurram, ora gritam nos meus ouvidos.
Míriam (1992), Daniella (1992), Geisa (2000), Maria (2003), Dorothy(2005), Eloá (2008), Isabella (2008), Eliza (2010), Gisele (2015), Sophia(2015) já clamaram, perturbadamente e insistentemente, por misericórdia, equidade, socorro, justiça, lembrança, paz, voz e empoderamento aqui dentro de mim. Mas, elas não são as únicas, na verdade, o número de conexões que ando fazendo com mulheres violentadas aumenta na mesma proporção deste tipo de crime — banalizado, não assistido, disseminado de forma assustadora e de maneira exponencial.
O mundo tem mais de sete bilhões de habitantes.
De acordo com uma pesquisa realizada pela ONU, em 2015, são 57 milhõesde mulheres a MENOS do que homens.
71% das MULHERES, revela a Organização Mundial da Saúde, sofrem violência física ou sexual dos seus parceiros.
Para 1/5 dessas MULHERES, a violência acontece antes dos 15 anos.
O Brasil é o quinto país do mundo onde mais se matam MULHERES, isso é o que revela o Mapa da Violência. Ficamos atrás apenas da Rússia, Guatemala, Colômbia e El Salvador. São 4,8 mortes por um grupo de 100.000 mulheres no país.
Somente no primeiro semestre de 2015, o Ligue 180 — Central de Atendimento à Mulher — recebeu 179 relatos de violência contra a mulher POR DIA.
Compilei esses dados para justificar — nem que seja para mim mesma — que NÃO É, NÃO FOI e NUNCA SERÁ fácil. Mas, que é preciso seguir, ainda que rodeada de fantasmas, ainda que rodeada de angústia, ainda que cansada.
Em tempo: dê um Google aí. Em 0,32 segundos, eu encontrei mais de 17 milhões de páginas referentes à violência contra a mulher.
É preciso seguir.