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Veja publicação original: Da Baixada para o mundo: aos 17, ela já é um expoente do grafite feminista
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Ela começou a grafitar aos 13 anos de idade e agora, aos 17, tem dezenas de obras, entre murais e quadros, espalhados pelo Brasil – e pelo mundo. Uma de suas criações foi presenteada à Malala Yousafzai na visita recente que a ativista paquistanesa fez ao Rio de Janeiro. Malala, aliás, é uma referência para Priscila Jacomé, a Rooxo: “Aos 12 anos ganhei um livro da Malala, que me inspirou a ser uma jovem militante e fazer alguma diferença com a arte”.
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Nascida e criada na Baixada Fluminense, ela conta que o interesse pelo grafite foi natural, e que uma de suas principais experiências artísticas aconteceram em uma oficina da NAMI, uma ONG feminista que usa as artes urbanas para promover os direitos das mulheres. “Antes de me envolver com o grafite eu passei por diversos questionamentos dentro e fora de casa. Desde os meus 11 anos de idade eu moro com o meu pai, e ele é portador de paraplegia, tendo muitas responsabilidades. A arte, em especial o grafite, me ajudou a enfrentar e a superar meus problemas emocionais”, revela Priscila, que, em apenas um ano, passou de aluna a oficineira no projeto Afro Grafiteiras mantido pela ONG.
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Feminismo e representatividade nos muros
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Grafiteira, ativista social e militante feminista, Priscila explica que, pela predominância no grafite ser masculina, há desafios diários para as mulheres que são artistas urbanas: “ainda sinto aquelas olhadas vindas de homens, não só grafiteiros, que nos deixam muitas vezes desconfortáveis de pintar. Já passei – e passo – por assédios verbais e até físicos. Como costumo dizer, nós somos corpos grafitando nas ruas, sujeitos a várias situações, e a sociedade ainda é muito machista.”
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Cultura Hip Hop
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“Minha primeira paixão foi por muros, grafite, e acho que esse gosto tem relação direta com o Hip Hop. Na cultura Hip Hop existem quatro elementos: o DJ, o BBoy, o MC e o grafite, e as influências de um para o outros rolam explicitamente. Eu frequentava muitas rodas culturais de Hip Hop. Criada em comunidade, ouvinte de rap, me senti incentivada a integrar essa cultura”, conta.
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