Saiu no Alma Preta
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No Brasil, existem leis que amparam a população negra contra uma série de violências decorrentes do racismo estrutural. No entanto, é necessário saber do que se foi vítima e como denunciar cada uma delas. Um exemplo prático é a diferença entre injúria, injúria racial e racismo: três tipos de ataque aos pretos e pardos, em que a aplicação da lei para cada um deles muda completamente de acordo com o contexto em que estão inseridos.
É o que explica a advogada Daniele Campos, líder nacional jurídica e de comunicação do projeto Justiceiras. Segundo ela, a injúria contra pessoas negras pode muitas vezes passar despercebida ou até mesmo ser regada pela incredulidade.
“Muitas vezes, no ato, não percebemos, pois estamos distraídos ou não queremos acreditar. Até porque os autores acabam por se desculpar, e afirmam que não tinham a intenção de ofender com o que foi dito. ‘Não foi o que eu quis dizer’ é a frase mais utilizada para autodefesa quando casos assim vêm à tona”, comenta.